quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Porque você está na Umbanda?



"Estou na Umbanda porque estou doente" - Saia da Umbanda Irmão! A Umbanda não vende Curas, procure um Hospital.
"Estou na Umbanda porque é minha missão" - Saia da Umbanda Irmão! A Umbanda assim como a espiritualidade respeita o livre arbítrio, não se sinta obrigado a nada."Estou na Umbanda porque estou desempregado" - Saia da Umbanda Irmão! A Umbanda não vende promessas de prosperidade, pois o ganho material nada soma a espiritualidade, procure uma agência de Empregos.
"Estou na Umbanda porque Minhas Entidades fecharam meus caminhos" - Saia da Umbanda Irmão! Entidade de Umbanda que trabalha na Luz não fecha o caminho de ninguém, muito menos de seu aparelho de ação, aceite suas imperfeições!
"Estou na Umbanda porque Tenho Mediunidade Forte" - Saia da Umbanda Irmão! A Umbanda não é competição do mais forte ou fraco, mediunidade não tem medida, o que te motiva é a simples vaidade e cegueira por poder, Procure um Circo!
"Estou na Umbanda porque tenho Karma" - Saia da Umbanda Irmão! A Umbanda não lhe dará quitação kármica, quem faz isso são suas ações fora da Umbanda, Procure um voluntariado, orfanato, asilo enfim uma forma de ajudar que terá mais êxito.
"Estou na Umbanda porque pessoas precisam de minha ajuda"- Saia da Umbanda Irmão! Você é apenas mais um médium, você não tem poderes mágicos, na Umbanda só existe tarefeiros e trabalhadores. Você está motivado pelo deslumbramento não pela caridade.
"Estou na Umbanda porque quero prestar a caridade" - Saia da Umbanda. Quem presta a caridade não é você e sim os seus guias através da sua mediunidade. Você é um INSTRUMENTO DA CARIDADE DIVINA.
"Estou na Umbanda em busca de autoconhecimento, de entendimento da minha missão na TERRA enquanto encarnado e usar minha mediunidade em prol do meu progresso e dos que necessitam" - Fique na Umbanda. A mediunidade é uma benção a quem a recebe e a quem se beneficia dela.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Por que o uso de fumo, bebidas, ervas e pólvora na Umbanda?



1) Por que as entidades de umbanda usam o fumo?
As folhas da planta chamada ” fumo” absorvem e comprimem em grande quantidade o prana vital enquanto estão em crescimento, cujo poder magnético é liberado através das golfadas de fumaça dadas pelo cachimbo ou charutos usados pelas entidades. Essa fumaça libera princípios ativos altamente benfeitores, desagregando as partículas densas do ambiente.

2) Por que as entidades usam ervas verdes?
Porque cada erva ( principalmente a arruda, o alecrim, a sálvia, o guiné, mangericão e a espada de Ogum) possuem agregados em sua vitalidade elementos astromagnéticos que desmagnetizam e desintegram elementos etéricos densos e negativos presentes na aura dos consulentes.

3) Por que se usa a queima de pólvora ou “fundanga”?
Quando queimados os grânulos de pólvora explodem causando intenso deslocamento molecular do ar e do éter, desintegrando miasmas, placas, morbos psíquicos, ovóides astrais, aparelhos parasitas e outros recursos maléficos como campos de força densificados com matéria astral negativa, os quais não foram possíveis de ser desativados pela força mental dos Guias do espaço e o fluido ectoplasmático dos aparelhos mediunizados.

4) Por que dos pés descalços na Umbanda?
Nos atendimentos os médiuns tornam-se os “pára-raios” de muitas energias densas deixadas pelos socorridos. Somos fonte condutora de correntes elétricas e pelos pés descarregamos nosso excesso negativo. Solas emborrachadas bloqueiam esse fluxo.

5) Por que do uso de bebidas alcoólicas nos trabalhos de Umbanda?
Não há necessidade de ingestão de bebidas, mas seu uso externo se faz porque o álcool volatiza-se rápidamente, servindo como condensador energético para desintegrar miasmas pesados que ficam impregnados nas auras dos consulentes além de agir como elemento volátil de assepsia do ambiente.

6) Por que dos pontos cantados?
Os diversos pontos cantados na Umbanda estabelecem condições propícias para que os pensamentos dos espíritos se enfeixem nas ondas mentais dos médiuns. Cada vibração peculiar a um Orixá tem particularidades de cor, som, comprimentos e oscilação de ondas que permitem sua percepção pelos sensitivos da Umbanda. Uma vibração sonora específica cantado em conjunto, sustenta a egrégora para que os espíritos da linha correspondente ao Orixá se aproximem, criando e movimentando no éter e no astral formas e condensações energéticas símiles aos sítios vibracionais da natureza que “assentam” as energias, como se nelas estivessem presentes.

7) Por que a Umbanda não faz milagres?
Porque religião nenhuma o faz. Porque o milagre está dentro de você, meu irmão, e se faz à medida que muda as tuas atitudes, reformula teus pensamentos e põe em prática tua fé no Criador. Se alguém te prometer o milagre, fuja! Ali está um caloteiro tentando te enganar.

Salve a Nossa Querida Umbanda.
 retirado do blog: "Espritualizando com a Umbanda"

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Qual a função das limpezas espirituais nas residências ?

EQUILÍBRIO E HARMONIA - Miasmas grande vilão nas casas
Miasmas grande vilão nas casas

Ao adquirirmos um imóvel, seja este alugado ou comprado, é muito importante colhermos informações à respeito do histórico da casa, principalmente para identificar quem eram os antigos moradores ou proprietários, de onde vieram, para onde foram e como viviam. Lógico que nem sempre provemos de todas as respostas completas, mas um breve relato de quem eram essas pessoas já possibilita entendermos quais são os padrões energéticos propagados pela casa.
Se partirmos do princípio de que matéria é energia condensada, que nós somos matéria e vibramos energia, entenderemos que tudo é composto por átomos. Esses átomos podem ser trocados e, por isso, devemos entender que é natural do ser humano compartilhar energias entre seres vivos e inanimados, no caso, os espaços e tudo que nele existe. E é aí que surge a necessidade de investigarmos o padrão das energias que iremos encontrar em uma casa, pois são determinados pelas pessoas que passaram por ela.
Os espaços externos são naturalmente purificados pelos efeitos da natureza, através do sol e de seus poderes benéficos, da chuva, do vento, do calor, do frio, da umidade, do dia e da noite. Acontece que, pelo fato do homem ter se protegido dessa exposição ao meio ambiente, os ambientes não sofrem a limpeza exercida pelos efeitos externos, estando sujeitos às energias que vibram internamente.
Uma casa bem arejada, ventilada, com a presença do sol, mesmo que em pequenas partes do cômodo, e que abriga plantas naturais tem as energias densas recicladas com maior facilidade do que uma casa sem esses atributos. Dependendo do local onde está, a casa ainda recebe influências das construções vizinhas, que podem ser locais onde a produção de energias nocivas é maior, como no caso de uma delegacia, cemitério, hospital, templos e igrejas, bares, casas noturnas, redes elétricas e torres de celulares. Tudo isso favorecendo a perda do padrão energético positivo e facilitando a entrada das energias de tristeza, angústia, ansiedade, medo e, em alguns casos, influências espirituais negativas.
Acontece que um outro padrão energético é muito comum de ser encontrado quando analisamos o padrão de energias de uma casa e, além de todas as influências citadas acima, se torna o maior vilão para o equilíbrio e evolução de pessoas e espaços, pois é um “mal que vem de dentro”, conhecido como Miasma.
O Miasma é uma espécie da massa energética negativa criada por nós, seres humanos, que em desarmonia, propagamos energias negativas através da fala, do movimento e da vibração. A emanação da dor, da raiva, da ansiedade, da tensão, do desespero, da depressão e da doença, são alguns dos exemplos dos miasmas mais encontrados e depositados nos espaços.
Ao brigarmos ou nos deixarmos influenciar por padrões energéticos destrutivos, emanamos o mesmo padrão para dentro dos espaços, fragilizando a estrutura energética da casa e fixando esse padrão vibracional. Com isso, a casa absorve essa massa negativa de energias e estimula sua produção, já que entende que é esse o padrão que deve prevalecer nos ambientes.
Através desse fato, podemos entender que uma casa onde seus membros brigam e se ofendem, atrai o mesmo tipo de pessoas, repetidas vezes, ou até que haja uma remoção desses miasmas. Mesmo que o desejo da raiva e da discórdia sejam latentes em cada um deles, um dia irá se manifestar, pois foi o padrão  de energias fixado na casa que atraiu esses novos moradores e é ele quem determina quais são as energias que serão manifestadas em contato com a casa.
Através de rituais de limpeza e purificação, além de bons pensamentos e boas vibrações, temos a possibilidade de reverter esses padrões de energia, removendo os miasmas antigos e defendo a casa da entrada de energias nocivas. A casa, então, passa a produzir um padrão mais positivo e a inspirar seus habitantes para a importância do bem estar e da harmonia nesses espaços.
Isso não quer dizer que o miasma não mais retornará. Seríamos hipócritas em afirmarmos que só iremos propagar o positivo a partir de então, mas através de filtros e catalizadores de energias como as plantas, cristais, fontes de água e símbolos de proteção, criamos a defesa e a eliminação da maior parte dessa energia. A atenção e o cuidado com a casa nos facilitarão à percepção do acúmulo de novos miasmas, que poderão ser eliminados através de novos rituais de limpeza e purificação de ambientes, sempre que necessário.
Dá próxima vez que procurar um espaço para habitar ou até mesmo montar o seu negócio, leve em conta seu histórico habitacional e sua localização. Esse já será um grande passo na escolha certa de um local de luz e boas vibrações!
Postado por Jose Carlos Medeiros de Araujo às 12:18 

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Cuidados com a Manipulação de Energias



   
     Todo umbandista esclarecido sabe que não existe magia, no sentido estrito da palavra. O que se convencionou chamar “magia” é, na verdade, a manipulação de energias sutis, retiradas de elementos materiais e somadas à energia da vontade daquele que realiza o “ato mágico”.

      De um modo geral, as entidades que militam na Corrente Astral de Umbanda são exímias manipuladoras, desses elementos e, por conseguinte, especialistas na ciência astral que conhecemos como magia.

    Essas entidades conhecem as propriedades de velas, tabaco, água, álcool (manipulado sob a forma de bebidas), ervas, flores, cristais, além de símbolos e ícones, como roupas e fotografias de pessoas que são pedidas para a realização de trabalhos visando a efetuar curas ou descarregos, ou defesa espiritual de consulentes que não podem, ou não querem ir aos trabalhos.

     O conhecimento das propriedades, aliado ao de como fazer, torna os trabalhos realizados em verdadeiras bênçãos para aqueles a quem esses trabalhos são dirigidos, trazendo, saúde, paz, equilíbrio, harmonia, ou qualquer outra coisa de que o paciente esteja necessitando, sempre na medida do merecimento, é claro.

       O que é absolutamente necessário saber sobre isso – e que infelizmente muitas pessoas desconhecem – é que os melhores remédios que já foram e são fabricados, se não forem utilizados de forma correta, podem se tornar prejudiciais, ou até mesmo fatais. Pois o mesmo acontece com os trabalhos de manipulação realizados na Umbanda.

       Entidades umbralinas comprometidas com a prática do mal também são grandes manipuladoras e costumam utilizar os mesmos elementos manipulados pelas entidades benfeitoras, para produzir verdadeiras bombas astrais que são dirigidas contra aqueles que se encontram em suas listas de perseguição. A única diferença básica existente entre os materiais é que as entidades umbralinas costumam se servir de produtos de origem animal, como carne e sangue. Por essa razão, a Umbanda verdadeira, comprometida com o bem, jamais utiliza tais produtos em seus trabalhos, sob nenhuma hipótese, em nenhuma circunstância.

        Mesmo assim, os malfeitores do astral não perdem uma oportunidade de fazer o seu trabalho e, nessa hora, qualquer coisa serve (cabe lembrar que entre presos, até mesmo uma caneta pode ser convertida em arma perigosa), por isso é necessário que se tenha o mais absoluto cuidado na prática de trabalhos de manipulação.

      O umbandista esclarecido sabe que uma simples vela, acesa sem a devida orientação, pode ser mal utilizada e trazer resultados desastrosos, completamente diferentes daqueles que eram esperados, assim, o caminho seguro é sempre o de somente fazer aquilo que é devidamente orientado pelas entidades da casa, seguindo as orientações que forem dadas, sempre ao pé da letra, a fim de que o ato atinja realmente o objetivo pretendido.

       Pouquíssimos encarnados detêm conhecimentos seguros na área da manipulação de energias sutis. 
       Essa ciência é ainda um monopólio das entidades atuantes e somente elas são capazes de orientar a maneira correta de se fazer um trabalho.

     Por isso, irmão umbandista, seja cauteloso, seja prudente, esteja sempre vigilante e não ceda em nenhum momento à tentação de fazer qualquer tipo de trabalho por conta própria, contando com seus ínfimos conhecimentos aprendidos na prática costumeira dos terreiros. Muitas vezes um trabalho feito sem orientação, visando a fazer o bem a um ente querido, pode ter efeito totalmente contrário àquele pretendido e trazer conseqüências indesejadas, às vezes, até mesmo trágicas.

     Sempre que sentir ser necessário fazer algum trabalho para si mesmo, ou para outra pessoa, busque a orientação de uma entidade de sua confiança, desde que essa entidade esteja atendendo dentro do terreiro, em condições de segurança habituais para os dias de trabalho. 

        Isso é sensatez.


         Fonte: http://neumbanda.blogspot.com

Espiritualidade e Amor – Caminho para a Paz Interior


Espiritualidade e Amor – Caminho para a Paz Interior



Espiritualidade é o caminho que orienta e ensina a buscar o entendimento entre os homens através do amor, da compreensão e da justiça.

Para muitos a descoberta deste caminho acontece de forma natural. Para outros ela vem com o sofrimento.

Muitas e muitas vezes os infortúnios, as doenças, as desgraças são alertas que recebemos para corrigir o rumo de nossas vidas. Infelizmente quando estamos bem, sem problemas, em vez de darmos amor e compreensão, damos orgulho, arrogância e preconceito.

Atingimos o outro e achamos que ele merece. Esquecemos que também teremos nossos momentos difíceis, pois isso acontece com todos.

É difícil, mas precisamos aprender o caminho da humildade, uma das mais belas virtudes que existe. Ela nos leva a outras tantas, todas em direção ao amor que é o sentimento maior que enobrece o ser humano.

Se temos amor no coração teremos bons amigos e deles ganharemos companheirismo, atenção, lealdade e nunca nos sentiremos sozinhos. O amor nos faz valorizar coisas que normalmente não vemos. Ele aproxima os seres humanos de Deus.

O oposto disso é o egoísmo. Este destrói e corrompe, nos deixa cegos para os problemas com nossos semelhantes, nos faz julgar o próximo como se fossemos perfeitos, nos faz ser preconceituosos porque entendemos que todos precisam ser iguais a nós.

Aqueles que descobriram o caminho da espiritualidade sabem que cada indivíduo é diferente do outro, porque o espírito que habita em cada um de nós tem a sua unicidade. Ele ocupa o nosso corpo para continuar o caminho de seu desenvolvimento.

É preciso entender que os bons sentimentos nos levam a reconhecer em nosso semelhante as suas virtudes e não a ver somente os defeitos.

A espiritualidade nos conduz a Deus. Ela nos mostra a simplicidade e a grandeza que há nas palavras de Cristo, que clama o amor como o único caminho que pode nos salvar.

Experimente olhar para seu semelhante e ressaltar o que você vê de bom nele. Verás o retorno que receberás. Todos gostam e precisam de atenção, de carinho de compreensão. Depois que descobrir este caminho dificilmente voltará a trilhar os demais.

Viva decentemente, amando o próximo e fazendo o bem e sentirás a alegria de viver sem problemas e com alegria de viver.

terça-feira, 30 de abril de 2013

DIALOGO COM CABOCLO


DIÁLOGO COM CABOCLO

Sobre desvios comportamentais e a sustentação espiritual
Imagem retirada da internet
Imagem retirada da internet
Gira de Caboclos, médiuns em transe, consulência ansiosa e demais trabalhadores cumprindo seus afazeres para que tudo fluísse perfeitamente.
Ao ver aqueles médiuns, jovens médiuns, devidamente mediunizados e entregues para que fossem apenas instrumentos, sentindo profunda verdade exalando de cada um, me veio um intenso sentimento de gratidão e emoção por fazer parte deste processo. Inevitavelmente me ocorreu porque entidades tão luminosas se permitem sustentar médiuns relapsos, inclinados ao erro ou de vida errante? Será mesmo que podem ser sustentados? Será mesmo que há estas entidades coniventes?
Foi em meio a estes questionamentos silenciosos que fui ouvido e se travou o diálogo:
- Meu filho, hoje não farei os atendimentos costumeiros para que você veja com meus olhos o trabalho desta noite e que possa sentir um pouco com meu coração e pensar com minha mente.
- Meu Pai, desculpe pelo desvio…
- Porque tantas perguntas agora?
- Não é agora, são as de sempre, me intriga esta possibilidade de médiuns despreparados e de vida desregrada serem sustentados como estes dedicados e estudiosos que vejo nesta noite.
- Acaso julga que estes são mesmo indivíduos de vida regrada, são preparados e mais legítimos que outros por aí?
- Não sei, ao menos há alguns anos os acompanho e vejo dedicação, empenho e entrega.
- Não, o que você vê é apenas o que ocorre aqui, não é você que os acompanha, eles que te acompanham. Lá fora você nada sabe, quer que lhe aponte uns e outros desvios dos seus filhos? Ou prefere manter-se focado em mostrar o caminho, habilitá-los cada vez mais para que cada um a seu modo, no seu tempo e na sua capacidade, vá absorvendo e praticando os ensinamentos, e com naturalidade vá lapidando seus padrões comportamentais e alinhando seu progresso evolutivo?
- Meu Pai, fico com a segunda opção… O sr. sempre me deixa sem opção (risos). Não me incomoda desastres com médiuns jovens em pleno processo de aprendizado, fico realmente confuso de ver sacerdotes de longa data que na sua vida pessoal, por exemplo, é envolvido com toda sorte de promiscuidade, mas no trabalho espiritual observamos a presença legítima da luz espiritual, é confuso!
- Sejamos objetivos. Partimos da premissa de que todos sem exceção estão em pleno processo de aprendizado evolutivo, humanamente sujeitos a erros, deslizes, vícios, desequilíbrios etc. No entanto podem, apesar de suas limitações, estarem comprometidos com o trabalho espiritual, alimentar os mais sinceros sentimentos de compaixão, fraternidade, caridade e doação espiritual aos mais necessitados. Não é porque você adoece que não poderá ajudar os doentes, não é porque você empobrece que não poderá auxiliar os mais empobrecidos e não é porque você perdeu a fé que não poderá ser auxiliado por alguém que perdeu tudo mas restou-lhe a fé. Manter esta sentença de que a mediunidade é só para os puros, limitaríamos a prática mediúnica a raros ou nulos indivíduos e é uma vaidosa maneira de julgar o outro. No passado, fomos humanos encarnados cheios de limitações e sempre houve aqueles amparadores movidos pelo amor que por séculos acompanham seus tutelados até que estes consigam progredir.
- Compreendo.
- Não são os valores morais católicos que decidem no plano espiritual quem é melhor ou pior, merecedor ou devedor. O indivíduo pode ter muitas dificuldades, muitas limitações e desequilíbrios, mas se alimentar um coração de bem, devotado ao trabalho espiritual para o bem, capaz de se desligar de suas particularidades para deixar-nos fluir em atividade mediúnica, aceite ou não meu filho, mas lá estaremos para sustentar sua mediunidade, auxiliar os consulentes e com a certeza de que assim estaremos também auxiliando o médium, inspirando-o e semeando constantemente valores importantes para sua autolapidação.
- Desculpe meu Pai, mas isso abre margem para o inverso, se torno isso público os indivíduos vão acreditar que podem cometer todo tipo de extravagância, desvios e continuarem amparados pela luz, como que se o velho discurso de que a vida particular nada tem a ver com a vida espiritual fosse verdade. Como que se basta apenas ter amor pela Umbanda ou boa-vontade de ajudar o próximo e pronto, todos seus excessos estão anulados.
- Não, os mal intencionados continuarão tendo seus argumentos como sempre tiveram. E não é verdade, a vida do indivíduo é um conjunto uno, não se separa nada. Compreenda que até aqui falei de questões pessoais no indivíduo, que não venham a se misturar de fato com o trabalho espiritual. Tudo muda quando falamos de médiuns maldosos, vingativos, negativados de fato e que intencionam se valer da mediunidade para seus fins egoístas e improdutivos. É exatamente neste ponto que um médium perde o apoio dos guias de luz. Quando este quer se valer da mediunidade e de nosso trabalho para fins escusos. Então não seremos coniventes e após tentarmos ajudar ao máximo este médium por si só sairá de nossa frequência vibratória e atrairá para seu convívio seres iguais a ele, independente de nossa vontade.
Portanto, o que mantém a sustentação espiritual de um indivíduo é o que ele traz no coração e, mesmo os mais embrutecidos e limitados, podem ter um coração comprometido com o bem. Tome cuidado com o excesso de normas morais, porque neste âmbito muito ainda é discutível.
- Tudo bem meu Pai, mas ainda assim continuo sem entender, por exemplo, uma pessoa que traí seu cônjuge por mera promiscuidade, uma pessoa que sempre que pode tira vantagem sobre o outro, engana financeiramente seu sócio, uma pessoa viciada no álcool ou outras químicas enfim. Não estariam estes sujeitos à perda de sustentação espiritual? Estes estão ilesos? Qual portanto é a vantagem de eu me preocupar constantemente em ter controle sobre meus impulsos instintivos, superar minhas limitações e dominar meu negativismo? Então posso eu dar vazão a toda minha rebeldia interna que está tudo bem? O sr. continuará aqui me sustentando e guiando este trabalho espiritual? Onde se encaixa a orientação de que nossa vida é una e que tudo se entrecruza?
- Filho, quando um indivíduo trai a confiança do outro, quebra assim um acordo de lealdade e fidelidade, ou quando mergulha nas dependências químicas, vive na promiscuidade e tantos desvios comportamentais que você possa citar, este indivíduo cria pra si com o tempo uma atmosfera negativa, quebra suas defesas vibratórias e se expõe a todo tipo de assédio e obsessão espiritual pertinente àquele padrão que criou. Com o tempo paralisará seu progresso e enfraquecerá o seu contato com os guias de luz. Não poderá ter a satisfação de praticar o que prega ou o que houve, não será inspiração para ninguém e tornará sua trajetória quase que injustificável. Cada caso é um caso, deve ser observado atentamente. Por fim este indivíduo poderá submergir tão profundamente nos seus desequilíbrios que nem mesmo sua religiosidade terá mais sentido. É por este viés que as Trevas se instalam e dão sequência a uma ação devastadora na vida do indivíduo e dos envolvidos intimamente com ele.
Então esta é uma realidade que o próprio indivíduo estará criando para si e depende do nível de comprometimento com o desequilíbrio que o próprio está estabelecendo, e isso não tem de fato relação direta com a noção de moralidade estabelecida. Aqui entramos nos resultados de ação e reação, lei das afinidades.
- Então o que foi dito inicialmente parece que está desconstruído agora, meu Pai!
- De maneira alguma, uma situação é o indivíduo que tem uma ou outra dificuldade comportamental que só atinge a si mesmo, mas que ainda luta por se manter vinculado ao trabalho espiritual, reconhecendo suas fraquezas e limitações e que sinceramente mantém consigo a consciência de que precisa se superar, reverter o padrão equivocado e que conta com nosso apoio para tanto.
Outra situação é o indivíduo que se deleita no desvio comportamental, que articula suas sandices e se mantém assim por puro egocentrismo e vício, causando dor e mal ao seu redor, não se compadece com seu próprio infortúnio e fecha-se às possibilidades de conceber seus próprios erros e fraquezas.
Uma coisa é nós insistirmos com quem definitivamente rompe com nossa parceria e propósito e outra coisa é rompermos com aquele que é humanamente frágil mas diariamente antes de dormir se lembra de seus erros, sofre e procura de alguma forma, ainda que lentamente, ir mudando seu padrão.
- Não posso tornar isto público, vão distorcer estas palavras…
- Seu dever, meu filho é tornar público e a capacidade de compreensão fica a cargo de cada qual, esta não é sua responsabilidade.
- Entendo…
- Para encerrarmos apenas estamos querendo lhe mostrar que do lado de cá o julgamento moral de vocês encarnados quase nunca se encaixa. Por exemplo: não é porque uma pessoa se envolve numa determinada situação ilícita, ou mesmo desleal, que este está fadado a “queimar no inferno”. Agora, a insistência, o prazer no erro poderá sim manter o “caldeirão fervente”.
O problema nunca é errar, mas sim manter conscientemente, articulosamente um padrão de erros e prejuízos. Este tipo de indivíduo não consegue manter religiosidade, não se sentirá atraído pela ideia de evolução espiritual, pois isso será um contrassenso, de modo que, naturalmente, este indivíduo que venha ser atraído por assuntos espirituais será aquele que alimenta estes seus desvios. Portanto isso não tem mais relação com Umbanda ou com qualquer religião de fato.
 Sobretudo meu filho, evite o julgamento baseado em si próprio. O ser humano é mais complexo, suas necessidades, seus tormentos, suas inclinações, fraquezas e mesmo potencias não são repetidos num outro semelhante, cada qual é único e do lado de cá é assim que nos relacionamos, sem colocar tudo num só “balaio”, mas nos envolvermos com a individualidade e ajudar. Ontem fizeram isso conosco, hoje é nossa vez.
- Compreendo meu Pai, mas ainda assim me sinto perturbado, vejo coerência, mas me parece que temos brechas para o errante se apoiar.
- Mas não estamos querendo criar nenhuma forma de engessamento. Não é uma ditadura comportamental meu filho. Isso gera rebeldia, e na rebeldia quem se prejudica é o rebelde. E o errante que quer argumentos, acredite, não será aqui que os terá, pois ele sempre tem um bom discurso, mesmo que só ele acredite, e é só isso que basta a ele.
Não tema, prossiga!
- Obrigado meu Pai!
- Vamos encerrar a Gira.
Não tinha me dado conta, já faziam quase duas horas que estávamos nesta prosa. Ainda por alguns segundos pude ver a Gira pelos olhos do Sr. Caboclo, olhos de compaixão, pude sentir a corrente mediúnica com seu coração, coração resignado e fraterno e pude pensar sobre tudo aquilo com sua mente, mente que transcende. Acima de tudo esta estava sendo uma experiência mediúnica nova, intensa e intrigante.
Quase senti vergonha dos meus pensamentos, mas logo passou, aceitei que este é um ponto necessário de ajuste, comecei a aceitar melhor minha própria limitação.
Os Caboclos desincorporaram e os médiuns retomavam suas feições. Pai Tupinambá ainda discursou com os presentes e foi-se “embora, para o Juremá, deixando um abraço forte, com a certeza de que vai voltar”…
Ele sempre volta!
*Experiência mediúnica ocorrida no dia 11/01/2013
FONTE: Rodrigo Queiroz / http://www.rodrigoqueiroz.blog.br

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

PERGUNTAS E RESPOSTAS MÉDIUNS EM DESENVOLVIMENTO






01 – Como funciona a mediunidade consciente?
O médium capta o fluxo mental do Espírito, gerando idéias e sensações, como se houvesse a intromissão de outra mente em sua intimidade; como se estivesse a conversar com alguém, dentro de si mesmo.

02 – Ouve uma voz?
Seria fácil, mas não é bem assim. Idéias surgem, misturando-se com as suas, como se fossem dele próprio.

03 – Parece complicado…
E é, sem dúvida, principalmente para médiuns iniciantes, que não distinguem o que é deles e o que é do Espírito. Muitos abandonam a prática mediúnica, em face dessa incerteza, que é perturbadora.

04 – Como resolver esse problema?
É preciso confiar e dar vazão às idéias que lhe vêm à cabeça, ainda que pareçam embaralhadas, em princípio. Geralmente a mediunidade é desenvolvida a partir da manifestação de Espíritos sofredores, o que é mais simples. Não exige maior concatenação de idéias ou esforço de raciocínio. Cumpre-lhe, em princípio, apenas exprimir as sensações e sentimentos que o Espírito lhe passa.

05 – Qual o conselho para o médium que enfrenta esse impasse?
Sentindo crescer dentro de si o fluxo de sensações e pensamentos, que tomam corpo independente de sua vontade, comece a falar, sem preocupar-se em saber se é seu ou do Espírito. A partir daí o fluxo irá se ajustando. É como o motorista inexperiente na direção de um automóvel. Em princípio há solavancos, mas logo se ajusta.

06 – O que pode ser feito para ajudar o médium iniciante?
A participação dos irmãos do Terreiro é importante. O médium, nessa situação inicial, fica fragilizado. Sente-se vulnerável e constrangido. Qualquer hostilidade ou pensamento crítico dos irmãos, revelando desconhecimento do processo, poderá afetá-lo.

07 – Seria razoável aplicar passes no médium iniciante, em dificuldade para iniciar a manifestação?
O passe pode ajudar, mas devemos ser econômicos na sua utilização, a fim de evitar condicionamentos. Há médiuns que esperam pela intervenção do Pai, Mãe ou irmão no Santo, aplicando-lhes passes, a fim de iniciar seu trabalho.

08 – As manifestações de médiuns iniciantes são, não raro, repetitivas. Como devem agir o Pai ou Mãe e Irmãos no Santo no Terreiro?
Cultivar a compreensão e a boa vontade, considerando que o animismo, a intervenção do próprio médium, é expressivo nessa etapa do desenvolvimento. Aos poucos ele irá se ajustando, aprendendo a distinguir melhor entre suas idéias e as do Espírito.

09 – Vemos, com freqüência, médiuns dotados de razoáveis faculdades mediúnicas desistirem do compromisso. Há algum prejuízo?
A sensibilidade mediúnica não funciona apenas nas Giras. Está sempre presente. É na prática mediúnica, com os estudos e disciplinas que lhe são inerentes, que o médium garante recursos para manter o próprio equilíbrio. Afastado, pode cair em perturbações e desajustes.

10 – É um castigo?
Não se trata disso. O problema está na própria sensibilidade que, não controlada pelo exercício, situa o médium à mercê de influências negativas, nos ambientes em que circule, e de entidades perturbadas que se aproximam.

11 – Mas esse problema não está presente na vida de todos nós? Não vivemos rodeados de Espíritos perturbados e perturbadores?
Sim, e bem sabemos quantos problemas são decorrentes dessa situação, por total ignorância das pessoas em relação ao assunto. No médium afastado da prática mediúnica é mais sério, porquanto, em face de sua sensibilidade, ele sofre um impacto maior, com repercussões negativas em seu psiquismo.

12 – E se o médium, não obstante afastado da prática mediúnica, for uma pessoa de boa índole, caridosa, afável, bem sintonizada?
Com semelhante comportamento poderá manter relativa estabilidade, mas é preciso considerar que a mediunidade não é um acidente biológico. Ninguém nasce médium por acaso. Há compromissos que lhe são inerentes.

13 – O médium vem programado para essa tarefa…
Sim. Trata-se de um compromisso assumido na espiritualidade. Há um investimento no candidato à mediunidade, relacionado com estudos, planejamento, adequação do corpo. Tudo isso envolve diligentes cuidados dos mentores espirituais. Imaginemos uma empresa investindo na preparação de um funcionário para determinada função. Depois de tudo, será razoável ele dizer que não está interessado?

14- Mas não é contraproducente o médium participar de trabalhos mediúnicos como quem cumpre uma obrigação ou um contrato preestabelecido, temendo sanções?
As sanções serão de sua própria consciência, que lhe cobrará, mais cedo ou mais tarde, pela omissão. Para evitar essa situação é que os médiuns devem estudar a Doutrina, participando de estudos e lendo a respeito da mediunidade, a Doutrina Espírita é a melhor opção para conhecer sobre a mediunidade, mas esta deve ser direcionada pelo Pai ou Mãe no Santo, assim estará assimilando conhecimento e podendo debater a respeito.

15 – E se há impedimentos ponderáveis? Filhos a cuidar, cônjuge difícil, profissão, saúde…
Eventualmente isso pode acontecer, por algum tempo. O problema maior, entretanto, está no próprio médium que, geralmente, tenta justificar a sua omissão. Altamente improvável que a espiritualidade lhe outorgasse a mediunidade, sem dar-lhe condições para exercê-la.

16 – E quando a participação do médium gera conturbações no lar, a partir de um posicionamento intransigente do consorte?
Lamentável o casamento em que marido ou mulher pretende criar embaraços à atividade religiosa do cônjuge. É inconcebível! Onde ficam o diálogo, a compreensão, o respeito às convicções alheias? De qualquer forma, embora tal situação possa justificar a ausência do médium, não o eximirá dos problemas inerentes à mediunidade não exercitada.

17 – É difícil encontrar pessoas que guardam perfeita estabilidade emocional e física. Tem algo a ver com a sensibilidade mediúnica?
Tem tudo a ver. Vivemos mergulhados num oceano de vibrações mentais, emitidas por Espíritos encarnados e desencarnados. Assim como podemos ser contaminados por vírus e bactérias, também sofremos contaminações espirituais que geram alterações em nossos estados de ânimo.

18 – Isso explica por que as pessoas tendem a ficar deprimidas num velório e felizes num casamento?
Sem dúvida. O ambiente e as situações exercem grande influência. Lembro-me da morte de Aírton Senna. Provocou imensa comoção popular, até naqueles que não acompanhavam suas proezas no automobilismo. A emoção se expande e pode envolver multidões.

19 – Explica, também, as atrocidades cometidas por soldados, numa guerra?
A guerra produz lamentáveis epidemias de maldade, em face de nossa inferioridade. A crueldade tem livre acesso em corações ainda dominados pelos impulsos instintivos da animalidade. Propaga-se com a rapidez de um rastilho de pólvora.

20 – No lar parece acontecer algo semelhante, quando as pessoas perdem o controle e se agridem com gritos e palavrões, descendo não raro à agressão física…
Em nenhum outro lugar demonstramos com maior propriedade nossa inferioridade. No lar rompe-se o verniz social. As pessoas mostram o que são. Como não há santos na Terra, conturba-se o ambiente, favorecendo contaminações de agressividade, que envolvem os membros da casa.

21 – Como evitar isso?
É preciso desenvolver e fortalecer defesas espirituais, elevando nosso padrão vibratório, sintonizando numa freqüência que nos coloque acima das perturbações do ambiente.

22 – Como funciona essa questão da sintonia?
Tomemos, por exemplo, as ondas hertzianas, nas transmissões radiofônicas. Elas se expandem dentro de freqüência específica. Para ouvir determinada emissora giramos o dial e a sintonizamos. Nossa mente é um poderoso emissor e receptor de vibrações e tendemos a sintonizar com multidões que se afinam mentalmente conosco.

23 – Que providências devemos tomar para uma sintonia saudável?
Consideremos, em princípio, que ela é determinada pela natureza de nossos pensamentos. Lembrando o velho ditado “dize-me com quem andas e te direi quem és “, podemos afirmar “dize-me a natureza de teus pensamentos e te direi que influências irás assimilar”.

24 – Isso significa que equilíbrio e desequilíbrio, paz ou inquietação, alegria ou tristeza, agressividade ou mansuetude, dependem, essencialmente, de nós?
Exatamente. Embora nossos problemas físicos e psíquicos possam ser amplificados por influências ambientes, a origem deles está em nossa maneira de pensar e agir. Se quisermos o Bem em nossa vida, é fundamental que pensemos e realizemos o Bem.

25 – Que livros você indicaria para um iniciante?
É preciso levar em consideração a cultura e a familiaridade da pessoa com a literatura. Se for alguém habituado, com facilidade de concentração, deve ler, inicialmente, O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns e O Evangelho Segundo o Espiritismo. Nessas três obras de Allan Kardec, temos, na mesma ordem, o tríplice aspecto do Espiritismo: Filosofia, Ciência e Religião, estes nasceram não para a Religião Espiritismo e sim para todos que crêem na existência dos espíritos, mas para aceitação inicial da espiritualidade e conhecimento especifico dentro da Umbanda, cabe ao iniciante conhecer Tambores de Angola, Aruanda de Robson Pinheiros, nos dá uma noção da Umbanda no Astral Superior, não esquecendo de forma alguma informar ao seu Pai ou Mãe no Santo, sobre seus estudos, pois este estará disposto a lhe responder futuras dúvidas a respeito de seu estudo, infelizmente a Umbanda ainda não existe um livro que possamos pegá-lo como base de estudo para todos, pois a verdade dos Terreiros de Umbanda é que cada Casa atribui sua Doutrina e esta deve ser respeitada pelo iniciante, damos sempre como base a Doutrina Espírita, pois a mesma nasceu para ensinar a todos sobre a Espiritualidade.

26 – O que é o animismo?
Na prática mediúnica é algo da alma do próprio médium, interferindo no intercâmbio. Kardec empregou o termo sonambulismo, explicando, em Obras Póstumas, quando trata da manifestação dos Espíritos, item 46: O sonâmbulo age sob a influência do seu próprio Espírito; sua própria alma é que, em momentos de emancipação, vê, ouve e percebe além dos limites dos sentidos. O que ele exprime, haure-o de si mesmo…

27 – O animismo está sempre presente nas manifestações?
O médium não é um telefone. Ele capta o fluxo mental da entidade e o transmite, utilizando-se de seus próprios recursos. Sempre haverá algo dele mesmo, principalmente se for iniciante, com dificuldade para distinguir entre o que é seu e o que vem do Espírito.

28 – Existe um percentual envolvendo o animismo na comunicação? Digamos, algo como quarenta por cento do médium e sessenta por cento do Espírito?
Se o animismo faz parte do processo mediúnico, sempre haverá um porcentual a ser considerado, não fixo, mas variável, envolvendo o grau de desenvolvimento do médium. Geralmente os iniciantes colocam mais de si mesmos na comunicação. Quando experientes, tendem a interferir menos.

29 – Pode ocorrer uma manifestação essencialmente anímica, sem que o próprio médium perceba?
É comum acontecer, quando está sob tensão nervosa, em dificuldade para lidar com determinados problemas de ordem particular. As emoções tendem a interferir e ele acaba transmitindo algo de suas próprias angústias, em suposta manifestação.

30 – Seria uma mistificação?
Não, porque não há intencionalidade. O médium não está tentando enganar ninguém. É vítima de seus próprios desajustes e nem mesmo tem consciência do que está acontecendo.

31 – E o que deve fazer o Pai/Mãe no Santo quando percebe que um Filho no Santo está entrando nessa faixa?
É preciso cuidado. O Pai/Mãe no Santo menos avisado pode enxergar animismo onde não existe. Se a experiência lhe disser que realmente está acontecendo, deve conversar com o médium, em particular, saber de seus problemas e encaminhá-lo às giras de desenvolvimento e ou tratamento espiritual. Toda a atenção dos Pais/Mães no Santo devem ser direcionada a este Filho e estar atento a esta mediunidade, é comum percebermos que pela ignorância (do saber) é mais fácil deixá-lo de lado, ou ainda excluí-lo do corpo mediúnico, muitas das vezes estes são execrados dos Terreiros, não por ser um animista e sim pelo desconhecimento do Pai/Mãe no Santo sobre o assunto. Se persistir o problema, o médium deve ser orientado a participar das giras como suporte, auxiliando nos trabalhos.

32 – Quando é que o Pai/Mãe no Santo deve preocupar-se com o animismo?
Quando ocorre a manifestação de um espírito que se diz orientador. É preciso passar o que diz pelo crivo da razão, distinguindo não apenas um possível animismo, mas, também, uma mistificação do Espírito comunicante.

33 – O médium que se sinta enfermo deve resguardar-se, deixando de comparecer à gira?
Depende do tipo de problema que esteja enfrentando. Se fortemente gripado, febril, é conveniente que se ausente, resguardando também os irmãos, que podem contrair seu mal. Mas há sintomas físicos e psíquicos que apenas revelam a proximidade de Espírito sofredor, não raro trazido pelos mentores espirituais para um contato inicial, a favorecer a manifestação.

34 – Nesse caso, mesmo não se sentindo bem, o médium deve comparecer?
Sim, porque o que está sentindo é parte de seu trabalho, exprimindo as angústias e sensações do Espírito, relacionadas com a doença ou os problemas que enfrentou na vida física.


35 – Isso significa que uma dor na perna, por exemplo, pode ter origem espiritual?
É comum. Acontece principalmente com o médium que tem sensibilidade mais dilatada. Ao transmitir a manifestação de um Espírito que desencarnou por problema circulatório, cuja perna gangrenou, tenderá a sentir dor semelhante, não raro antes da reunião, devido à aproximação da entidade.

36 – Ocorre o mesmo em relação às emoções?
É freqüente. Sintonizado com o Espírito, o médium capta o que vai em seu íntimo. Se a entidade sente-se atormentada, aflita, tensa, nervosa ou angustiada, experimentará algo dessas emoções.

37 – E se o médium, imaginando que esses sintomas físicos e emocionais estão relacionados com seus próprios problemas, decide não comparecer à reunião?
Se alguém nos confia um doente para levá-lo ao hospital, e decidimos instalá-lo em nossa casa, assumiremos o ônus de cuidar dele. Certamente nos dará muito trabalho, principalmente se for um doente mental.

38 – É possível que essa ligação com entidades perturbadas ocorra independentemente da iniciativa dos mentores espirituais?
É o que mais acontece. Vivemos rodeados por Espíritos destrambelhados, sem nenhuma noção da vida espiritual, que se agarram aos homens, como náufragos numa tábua de salvação. Nem é necessário ter mediunidade ostensiva. Todos estamos sujeitos a sofrer essa influência.

39 – Digamos que o médium receba influência dessa natureza na segunda-feira e só comparecerá ao Terreiro no sábado. Sofrerá durante a semana toda?
Com a experiência e a dedicação ao estudo ele aprenderá a lidar com esse problema, cultivando a oração e dialogando intimamente com a entidade que, com o concurso de mentores espirituais, será amparada.

40 – Devemos informar a esse respeito pessoas que procuram o Terreiro, perturbadas por tais aproximações?
É preciso cuidado. Pessoas suscetíveis, que guardam idéias equivocadas, relacionadas com influências demoníacas, podem apavorar-se. Nunca mais porão os pés no Terreiro.

Adaptações: Alex de Oxóssi
Retirado do Livro: MEDIUNIDADE – TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER RICHARD SIMONETTI PAG: 123 A 127, PAG: 28 A 31, PAG: 44 PAG: 91 A 95, PAG: 99 A 103