quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

EXU



Na concepção original do termo, não se classifica Exu em um “tipo de entidade”. É um princípio vibratório que obrigatoriamente participa de tudo. É a força que impõe o equilíbrio às criaturas.
Cada um dos filhos tem seu Exu individual. Cada um dos Orixás, com seus correspondentes padrões vibratórios, possui seus Exus.
É o Exu o Executor das Leis Cósmicas. É o chamado Exu Guardião, aquele que guarda a vibratória do Orixá e nunca encarnou e nem irá encarnar. Não é nem bom nem ruim, nem positivo nem negativo. Sendo neutro, é justo. Ele vitaliza ou desvitaliza a cada indivíduo q exista, sempre cumprindo as ordenações da Lei.
Os Exus de aconselhamento, na Umbanda, são chamados de Exus de Lei, ou Exus de Trabalho, pois já estão prontos para desempenharem seu importante papel junto às pessoas. Infelizmente, se convencionou denominar “Exu” tudo que é espírito atrasado, mas não é o correto. Os Exus de Lei, são espíritos como nós, na busca da evolução que, ao adentrarem na Umbanda para trabalhar, na Linha de Exu, são "vibrados" pelo Exu Guardião do Orixá do Médium. Eles recebem a irradiação do Exu Guardião (aquele que não incorpora) para poderem trabalhar. Um exemplo, o Sete Encruzilhadas, é um espírito que recebe a irradiação do Exu Guardião (nunca encarnou) do Orixá para trabalhar como Exu na Umbanda. Daí, o Sr. Sete Encruzilhadas se torna um Exu. Alguns livros chamam isso de "exunização"... o espírito foi "exunizado" pelo Exu Guardião do Médium, sendo que esse guardião é da vibração do Orixá. E os de trabalho (Sete Encruzilhadas, por exemplo) é guardião. Defensor e amigo fiel do médium, vibrado pelo Guardião de uma das Vibrações do Eledá (Orixá de Cabeça) do médium, além de mensageiro do Guia Chefe e trabalhador incansável em outras atividades também.
O papel dos Exus é mais atuante do que se pensa. Além de serem mensageiros dos Caboclos e/ou Pretos-Velhos (a depender de quem for o guia chefe do médium), ainda possuem uma destacada atuação junto a nós, pois são executores kármicos. O que exatamente isto quer dizer? Quer dizer que se nós andarmos na linha justa, se nos habituarmos a cultivar pensamentos, sentimentos e atitudes equilibradas nosso karma será certamente reduzido ao longo da vida, e nosso amigo Exu nos ajudará em tudo. Mas, se caso assim não procedermos certamente esse mesmo amigo Exu entrará em ação, efetuando a cobrança kármica para conosco mesmos, sempre em nome da Lei Cósmica Divina.Temos que ter em mente que estes amigos nada fazem por si só. Executam ordens de seus "chefes", ou seja, nossos mentores espirituais.
- Com algumas mudanças ou formas interpretativas, basicamente Exu é hierarquizado da seguinte forma:
Exu Aprendiz – espírito com capacidade evolutiva, arregimentado pela Lei a iniciar o serviço para a Lei, através de uma falange de trabalho na linha de Exu. Ainda não tem sua consciência completamente estruturada, sofrendo alguns deslizes de conduta que são rigidamente cobrados. Normalmente recebe ordens de um Exu em grau maior, para a realização dos trabalhos pela Lei. Estão em franco processo de lapidação de seus conceitos, condutas e mental.
Exu de Trabalho ou de Lei – é um servidor da Lei Divina e do seu Orixá Regente, como um servo de Deus, trabalha diretamente junto aos médiuns, em todo tipo de trabalho pela Lei, recebe e acata as ordens dos Guias Espirituais.
Exu Coroado ou Guardião – é o Guardião dos Mistérios à esquerda dos Orixás regentes do médium. Recebe ordens diretas dos Orixás e determina a forma e quem irá cumpri-las. Normalmente não se apresenta aos médiuns, nem permite a revelação de seu nome, para preservar suas forças e as forças do médium. Raramente incorpora e não dá consultas. É o mentor à esquerda do caminho evolutivo do médium. Já tem assentado em si toda a sustentação Divina dos Orixás para o trabalho.
Todo médium possui:
1. Exus Guardiões – correspondentes à Vibração de um dos Orixás do Eledá do médium, raramente incorpora, não dá consulta. Exuniza espíritos trabalhadores junto ao médium.
2. Um ou mais Exus de trabalho ou de Lei – devidamente “exunizados” pelos Exus Guardião ou Naturais, dos Orixás Ancestral (Eledá) ou de Frente (Ossi) ou Junto (Otum) do médium. Incorporam, dão consulta, atuam na vida do médium e, a mando da Lei, na vida de outras pessoas em auxilio.
No trabalho do médium de Umbanda um desses Exus é o de frente. É aquele que dá consulta e se coloca a serviço do Guia Chefe do médium.
Aos Exus de trabalho podemos pedir ajuda na solução de problemas e ajuda a outras pessoas, sempre conscientes do nosso e do merecimento alheio, sempre sob as Leis de Deus. Ao Exu Guardião devemos pedir somente auxílio nas questões pessoais, no sentido de amparo, sustentação, proteção e condução na linha reta evolutiva. A todos devemos sempre ter respeito, tratando-os com reverência, pela alcunha de senhores. Por mais humano que Exu se manifeste e se expresse, devemos sempre ter respeito e educação para nos dirigirmos mentalmente ou pessoalmente a qualquer um deles, pois são senhores Guias Espirituais que trabalham para Deus e os Divinos Orixás com caridade, responsabilidade e muitas vezes a nossa frente para nos defender e proteger de demandas e embates astrais negativos.
Exu tem mais luz que podemos supor, mas por amor ao Divino Criador e aos Amados Orixás serve à Luz nos campos trevosos, em combate a todos que blasfemam ou que atuam contra as Leis Divinas; Exu oculta sua luz pra poder entrar nos campos negativos em socorro ou combate; Exu verbaliza de forma humana para bem ser entendido por nós; Exu conhece e respeita as Leis Divinas, as Linhas de Trabalho e todos os médiuns que assim merecem ser tratados.
retirado do http://espiritualizandocomaumbanda.blogspot.com.br

Linhas de Trabalho e os Arquétipos Sociais



Linhas de Trabalho e os Arquétipos Sociais
Caboclo – apesar do nome, não retrata o “caboclo matuto”, mas espelha a identidade do indígena, morador primário desta pátria, cultuador da natureza que proporciona ao fiel umbandista uma profunda convergência à natureza, um olhar sensível ao que é natural e o desenvolvimento de uma consciência ecológica nativa, daquele que sabe que o ser humano é extensão e dependente da natureza, não o contrário. Proporciona ainda uma interação com o reino elemental e a cultura indígena.

Preto Velho – 
arquétipo do ancião, “sobrevivente” do cativeiro, que superou a dura realidade da escravidão, desenvolvendo, portanto, a sabedoria pela vivência. Africanos catequizados, estes trazem à religião a crença e culto aos Orixás, divindades cultuadas na Nigéria; entretanto, a maneira como os Orixás são compreendidos e como os fiéis se relacionam com os mesmos é diferente do que ocorre na África ou mesmo nos cultos descendentes. Na Umbanda, por meio dos pretos velhos acontece o culto aos Orixás de maneira renovada e adaptada à realidade brasileira contemporânea. Sobretudo, os Pretos Velhos são o retrato de sabedoria, humildade e resignação.

Baianos – 
uma “referência” ao início da descoberta do país, origem da colonização e de um povo que é a “cara do Brasil”. Entretanto, os Baianos surgem de maneira organizada como uma linha de trabalho efetiva a partir da década de 50 com a industrialização dos grandes centros, intensificam na década de 60 com a maior onda de migrações provenientes da grande seca que acometeu o nordeste brasileiro. A Linha de Baianos reflete o arquétipo do rural migrado e já adaptado à zona urbana, esta linha de trabalho vai servir de ponte para os migrantes através de sua semelhante identidade.

Boiadeiros – 
arquétipo do “peão de boiadeiro”, do catingueiro, lampião. Espelha a qualidade do sertanejo e do agreste. Aparecem nos terreiros juntamente com os Baianos.

Marinheiros – 
muitas vezes semelhantes aos Baianos, é o arquétipo do litorâneo, identidade daquele que sobrevive do mar e dos rios, como os ribeirinhos. Apresentam-se nesta Linha de Trabalho marinheiros de fato, pescadores, ribeirinhos, canoeiros. Conhecidos também como “Povo d’água” trabalham sob a vibração de Yemanjá.

Erês – 
composto na sua maioria por encantados, são seres puros de outra dimensão e infantis. Naturalmente, é o arquétipo da criança para a criança, um meio do astral para interagir com os infantis encarnados no desenvolvimento de uma religiosidade de origem.

Ciganos – c
onfundidos com exus e pomba giras, trazem o arquétipo do nômade, daquele que transita por muitas culturas e é em si a síntese da mística planetária; surgem intensamente nos terreiros de Umbanda na década de 90 e frisam que não são da Umbanda, estão na Umbanda.

Malandros – 
iconizados por Zé Pelintra, refletem o arquétipo da periferia e do “morro”, retratam a superação diante as dificuldades políticas e sociais. Estão ligados às causas sociais e da minoria, combatem as exclusões. Apesar de Zé Pelintra ser anterior à Umbanda, a Linha de Malandros aparece nos terreiros como uma linha de trabalho organizada na década de 2000 e ainda causa estranheza para muitos “tradicionalistas”.

Povo do Oriente –
 Linha de Trabalho do Oriente é composta pelo arquétipo e cultura Oriental e Asiática, encontramos nestas linhas monges, yogues, chineses, indianos, japoneses etc. Portanto, outra cultura e povo que contribui para o desenvolvimento desta cultura e país que é o Brasil.

Exu – 
a linha dos guardiões, ou Exus na Umbanda sempre estiveram presentes na religião, por um período velado ou pouco público. Por muito tempo mal interpretado e sincretizado com o demônio católico. Nos dias atuais, exu tem sido mais compreendido e entendido como o Guardião do Templo, o Sentinela que é amigo e protetor, justo e ordenador, incorruptível e avesso a práticas que ferem o bom senso, caridade, amor e evolução. É o arquétipo militar, da polícia no astral, da guarda montada.
Pomba Gira – por um tempo entendida como “Exu Mulher”, esta linha de trabalho aparece intensamente nos terreiros na década de 60 juntamente com a expansão do movimento feminista no Brasil. Esta força espiritual intensifica a identidade feminina, mal interpretada em sua aparição quando foram consideradas mulheres “prostitutas” ou coisas semelhantes. O fato é que Pomba Gira, além de ser a Guardiã do Templo e da esquerda dos médiuns junto com Exu, trazem o arquétipo da mulher independente, “dona de si”, bem resolvida e autônoma. Características estas que vão confrontar com o machismo imperante na cultura brasileira principalmente na década de 60, ao mesmo tempo em que vão trazer um novo fôlego e autoestima às mulheres da Umbanda.

Exu Mirim – 
como os Erês (crianças), são encantados e infantis da dimensão natural Exu. Estão assentados à esquerda dos médiuns e do ritual de Umbanda como guardiões da vibração do Orixá Exu. Não são delinquentes, meninos de rua ou “cheiradores de cola”, como equivocadamente foram interpretados nas suas primeiras aparições.

 Retirado da pagina: http://povodearuanda.wordpress.com/ AUTOR: Rodrigo Queiroz é graduando em Filosofia, Sacerdote Umbandista, escritor, diretor fundador do Jornal Umbanda Sagrada, Presidente do Instituto Cultural Aruanda, Coordenador do colégio virtual Umbanda EAD.Contato – rodrigo@ica.org.br / www.ica.org.br / www.rodrigoqueiroz.blog.br

COMO DEIXAR DE ABSORVER AS EMOÇÕES NEGATIVAS DE OUTRAS PESSOAS


LIBERDADE EMOCIONAL SIGNIFICA APRENDER COMO PERMANECER CENTRADO EM UM MUNDO ESTRESSANTE E EMOCIONALMENTE SOBRECARREGADO. DESDE QUE EMOÇÕES, TAIS COMO O MEDO, A RAIVA E A FRUSTRAÇÃO SÃO ENERGIAS, VOCÊ PODE POTENCIALMENTE “CAPTÁ-LAS” DE PESSOAS, SEM QUE PERCEBA ISTO.

SE TENDE A SER UMA ESPONJA EMOCIONAL, É VITAL QUE SAIBA COMO DEIXAR D
E ASSUMIR AS EMOÇÕES NEGATIVAS DE UM INDIVÍDUO. OUTRA MUDANÇA É ESTA ANSIEDADE CRÔNICA, DEPRESSÃO OU STRESS QUE PODEM TRANSFORMÁ-LO EM UMA ESPONJA EMOCIONAL, ESGOTANDO AS SUAS DEFESAS. SUBITAMENTE, VOCÊ SE TORNA INTENSAMENTE SINTONIZADO COM OS OUTROS, ESPECIALMENTE AQUELES COM DOR SEMELHANTE.

É ASSIM QUE FUNCIONA A EMPATIA: NÓS NOS CONCENTRAMOS EM QUESTÕES POLÊMICAS, QUE NÃO ESTÃO RESOLVIDAS PARA NÓS MESMOS. A PARTIR DE UM PONTO DE VISTA ENERGÉTICO, AS EMOÇÕES NEGATIVAS PODEM SE ORIGINAR DE VÁRIAS FONTES. O QUE VOCÊ PODE ESTAR SENTINDO PODE SER SEU; PODE SER DE OUTRA PESSOA, OU PODE SER UMA ASSOCIAÇÃO. EU EXPLICAREI COMO SABER A DIFERENÇA E FORTALECER ESTRATEGICAMENTE AS EMOÇÕES POSITIVAS, PARA QUE NÃO ASSUMA A NEGATIVIDADE QUE NÃO LHE PERTENCE.

ISTO NÃO FOI ALGO QUE EU SEMPRE SOUBE COMO FAZER. AO CRESCER, MINHAS NAMORADAS GOSTAVAM DE IR AOS SHOPPINGS E FESTAS, QUANTO MAIORES, MELHORES – MAS EU NÃO COMPARTILHAVA DE SEU ENTUSIASMO. SENTIA-ME OPRIMIDO, EXAUSTO DIANTE DE GRANDES GRUPOS DE PESSOAS, EMBORA EU IGNORASSE O MOTIVO.

“QUAL É O PROBLEMA COM VOCÊ?”, DIRIAM OS AMIGOS, LANÇANDO-ME OLHARES ESTRANHOS. TUDO O QUE EU SABIA ERA QUE EU NÃO GOSTAVA DE ME MISTURAR EM LUGARES LOTADOS. EU CHEGARIA LÁ ME SENTINDO BEM, MAS PARTIA NERVOSO, DEPRIMIDO OU COM ALGUMA DOR TERRÍVEL. SEM SUSPEITAR, EU ERA UMA GIGANTESCA ESPONJA, ABSORVENDO AS EMOÇÕES DAS PESSOAS AO MEU REDOR.

COM OS MEUS PACIENTES, EU TAMBÉM PERCEBERIA QUE AO ABSORVER AS EMOÇÕES DE OUTRAS PESSOAS, PODERIAM SER DESENCADEADOS ATAQUES DE PÂNICO, DEPRESSÃO, FARRAS, BEBEDEIRAS, USO DE DROGAS E UMA INFINIDADE DE SINTOMAS FÍSICOS QUE DESAFIAM O DIAGNÓSTICO MÉDICO TRADICIONAL.

OS CENTROS DE CONTROLE E PREVENÇÃO DE DOENÇAS RELATAM QUE MAIS DO QUE DOIS MILHÕES DE AMERICANOS SOFREM DE FADIGA CRÔNICA. É PROVÁVEL QUE MUITOS DELES SEJAM ESPONJAS EMOCIONAIS.

AQUI ESTÃO ALGUMAS ESTRATÉGIAS DA LIBERDADE EMOCIONAL PARA QUE SEJAM PRATICADAS. ELAS O AJUDARÃO A DEIXAR DE ABSORVER AS EMOÇÕES DE OUTRAS PESSOAS. ETAPA DA AÇÃO EMOCIONAL:

COMO PERMANECER CENTRADO EM UM MUNDO ESTRESSANTE PARA DESLIGAR-SE DAS EMOÇÕES NEGATIVAS DE OUTRAS PESSOAS:

PRIMEIRO, PERGUNTE-SE: O SENTIMENTO É MEU, OU DE OUTRA PESSOA? PODERIA SER DE AMBOS. SE A EMOÇÃO, COMO O MEDO, OU A RAIVA, FOR SUA, GENTILMENTE CONFRONTE O QUE ESTÁ CAUSANDO ISTO EM VOCÊ, OU COM A AJUDA DE UM PROFISSIONAL. SE NÃO, TENTE IDENTIFICAR O GERADOR ÓBVIO.

POR EXEMPLO, SE VOCÊ JÁ ASSISTIU A UMA COMÉDIA, MAS CHEGOU EM CASA SE SENTINDO DEPRIMIDO, PODE TER INCORPORADO A DEPRESSÃO DAS PESSOAS SENTADAS AO SEU LADO. QUANDO HÁ MUITA PROXIMIDADE, OS CAMPOS DE ENERGIA SE SOBREPÕEM. O MESMO ACONTECE QUANDO SE VAI A UM SHOPPING OU A UM CONCERTO LOTADO.

QUANDO POSSÍVEL, DISTANCIE-SE DA FONTE SUSPEITA. AFASTE-SE PELO MENOS SETE METROS DE DISTÂNCIA E VEJA SE SENTE ALÍVIO. NÃO PEQUE, QUERENDO NÃO OFENDER OUTROS ESTRANHOS. EM UM LOCAL PÚBLICO, NÃO HESITE EM MUDAR DE LUGAR, CASO TENHA UMA SENSAÇÃO DE DEPRESSÃO IMPOSTA A VOCÊ.

POR ALGUNS MINUTOS, CONCENTRE-SE EM SUA RESPIRAÇÃO. ISTO O CONECTA COM A SUA ESSÊNCIA. CONTINUE EXPIRANDO A NEGATIVIDADE E INSPIRANDO A CALMA. ISTO O AJUDA A SE ANCORAR E A PURIFICAR O MEDO, OU OUTRAS EMOÇÕES DIFÍCEIS. VISUALIZE A NEGATIVIDADE COMO UMA NÉVOA CINZENTA SE ELEVANDO DO SEU CORPO, E A ENTRADA DA ESPERANÇA, COMO UMA LUZ DOURADA. ISTO PODE PRODUZIR RESULTADOS RÁPIDOS.

EMOÇÕES NEGATIVAS, TAIS COMO O MEDO, FREQUENTEMENTE SE APRESENTAM EM SEU CENTRO EMOCIONAL, NO PLEXO SOLAR. COLOQUE LÁ A PALMA DE SUA MÃO, ENQUANTO CONTINUA ENVIANDO BONDADE AMOROSA A ESTA ÁREA, A FIM DE LIBERAR O STRESS. PARA A DEPRESSÃO, OU A ANSIEDADE DE LONGA DATA, USE ESTE MÉTODO DIARIAMENTE PARA FORTALECER ESTE CENTRO. É RECONFORTANTE E CONSTRÓI UMA SENSAÇÃO DE SEGURANÇA E DE OTIMISMO.

PROTEJA-SE: – UMA FORMA ACESSÍVEL DE PROTEÇÃO QUE MUITAS PESSOAS USAM, INCLUINDO OS CURADORES COM PACIENTES DIFÍCEIS, ENVOLVE A VISUALIZAÇÃO DE UM ENVOLTÓRIO DE LUZ BRANCA (OU QUALQUER COR QUE SINTAM QUE CONFERE PODER), AO REDOR DE TODO O SEU CORPO. PENSE NISTO COMO UM ESCUDO QUE BLOQUEIA A NEGATIVIDADE OU O DESCONFORTO FÍSICO, MAS PERMITE QUE O QUE SEJA POSITIVO SE INFILTRE.

PROCURE PESSOAS E SITUAÇÕES POSITIVAS. CHAME UM AMIGO QUE VÊ O BEM NOS OUTROS. PASSE ALGUM TEMPO COM ALGUM COLEGA QUE AFIRME O LADO POSITIVO DAS COISAS. OUÇA PESSOAS ESPERANÇOSAS. OUÇA A FÉ QUE ELES TÊM EM SI MESMOS E NOS OUTROS. SABOREIE PALAVRAS DE ESPERANÇA, CANÇÕES E FORMAS DE ARTE.

A ESPERANÇA É CONTAGIOSA E ELEVARÁ O SEU HUMOR. CONTINUE A PRATICAR ESTAS ESTRATÉGIAS. VOCÊ NÃO TEM QUE REINVENTAR A RODA, A CADA VEZ QUE ESTIVER COM UMA SOBRECARGA EMOCIONAL. COM ESTRATÉGIAS, VOCÊ PODERÁ TER RÉPLICAS MAIS RÁPIDAS PARA SITUAÇÕES ESTRESSANTES, SE SENTIR MAIS SEGURO E A SUA SENSIBILIDADE PODERÁ DESABROCHAR.
 — com Ivan Souto Pedrosa.
 Retirado do facebook Caio cromo

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

HOMENAGEM À UMBANDA


O que é a Umbanda e o que ela significa para cada um de nós?

A Umbanda é uma oportunidade divina que foi dada pela misericórdia de Deus a estes espíritos, imperfeitos e endividados que ao encarnarem assumiram a responsabilidade de servirem de meio de comunicação entre os espíritos encarnados e desencarnados.

Deus na sua infinita bondade permite-nos colaborar na obra divina, nos utilizando para erguer os caídos, enxugar as lágrimas, dar esperanças, distribuir sorrisos, ceder o ombro para as lágrimas redentoras. Com isso não só resgatamos parte de nossas dívidas, como também aprendemos valiosas lições de vida.

A Umbanda é esta religião linda que irmana e iguala os homens, sem fazer distinções quanto à sua cor, condição financeira, cultura, ou sexo.

O que interessa a Umbanda e aos seus espíritos trabalhadores é o que cada um traz no seu coração, a vontade de ajudar o seu próximo, de progredir em amor e bondade, de aprender as lições de Simplicidade com os Caboclos, de Humildade com os Pretos-Velhos, de Inocência com as crianças, de Disciplina com os Exus, de Coragem com os Boiadeiros, de Liberdade com os Ciganos, de União com os Marujos; enfim, de amor ao próximo com Jesus.

O que é necessário para ser um bom médium de umbanda?
O estudo?
O conhecimento dos rituais?
O equilíbrio emocional?
A melhoria íntima?
O desenvolvimento mediúnico?

Tudo isso um pouco, mas, sobretudo o amor ao próximo, a vontade de ajudar ao seu semelhante na necessidade, abrindo mão com isso de alguns confortos e prazeres da vida, sendo abnegado.
Deixando de participar de reuniões sociais, abrindo mão do descanso de algumas horas de sono, da alegria de estar junto da família, de seu lazer. E fazer isso sem arrependimento, porque seu Dever de Médium é também o seu Prazer em ser útil ao seu semelhante.

O Umbandista muitas vezes é chamado de ignorante, mentiroso, maligno. É encarado como praticante de magia negra, e coisas piores.
Mas não se deixa abater, sabe que isto tudo é fruto da ignorância alheia, que não conhece a Umbanda nem o trabalho de luz realizado pelos guias. Aproveita-se destes momentos em que é ofendido e agredido para exercitar sua paciência e por em prática os ensinamentos de fraternidade que aprendeu junto aos guias.

Para ser Umbandista é importante que não se espere retribuição na terra, pois somos pagos muitas vezes com a ingratidão, com a indiferença.

Algumas pessoas após resolverem seus problemas materiais através da Umbanda, viram-lhe às costas e juram que nunca pisaram num Terreiro.
Estas pessoas não receberam quase nada da ajuda que a Umbanda podia lhes prestar.
A solução dos problemas materiais não é o objetivo da Umbanda, seu objetivo é a reforma íntima dos seres, é passar os ensinamentos dos espíritos de luz aos homens.

Como o sofrimento é um instrumento para que o encarnado aprenda suas lições, o sofrimento se torna desnecessário após o aprendizado.

A Umbanda ensina que todos pertencemos a mesma família, a família Humana. Que todos somos iguais entre nós, embora tenhamos aprendizados diferentes a realizar na vida. Que podemos e devemos auxiliar nosso irmão na jornada terrena. Que podemos construir um mundo melhor para nós através da caridade e do Amor. Que estamos intimamente ligados às forças da natureza, e que a natureza deve ser respeitada e tratada com amor.

Que acima de todos nós Deus nos guarda e tem esperança de que um dia a humanidade saia da infância espiritual, pare de olhar apenas para o próprio umbigo, e finalmente olhe nos seus olhos, o reconheça e diga:

“Pai, fazei de mim um instrumento da sua Paz!”. 

Por: João Luiz

quinta-feira, 14 de junho de 2012

O congá



Ao chegarmos em um Templo de Umbanda, via de regra observamos na posição frontal posterior do salão de trabalhos mediúnico-espirituais um ou mais objetos litúrgicos (cruz, imagens, símbolos, velas etc.), dispostos de modo bem visível e que despertam a atenção dos que alí se fazem presentes.
A este espaço especificamente destinado a recepcionar um conjunto de peças litúrgico-magísticas, afixadas sobre certas bases, na Umbanda nomeamos de Congá (Jacutá – Altar).


O Congá é um núcleo de força, em atividade constante, agindo como centro atrator, condensador, escoador, expansor, transformador e alimentador dos mais diferentes tipos e níveis de energia e magnetismo.

É Atrator porque atrai para si todas as variedades de pensamentos que pairam sobre o terreiro, numa contínua atividade magneto-atratora de recepção de ondas ou feixes mentais, quer positivos ou negativos.

É Condensador, na medida em que tais ondas ou feixes mentais vão se aglutinando ao seu redor, num complexo influxo de cargas positivas e negativas, produto da psicoesfera dos presentes.

É Escoador, na proporção em que, funcionando como verdadeiro fio-terra (pára-raio), comprime miasmas e cargas magneto-negativas e as descarrega para a Mãe-Terra, num potente efluxo eletromagnético.

É Expansor pois que, condensando as ondas ou feixes de pensamentos positivos emanados pelo corpo mediúnico e assistência, os potencializa e devolve para os presentes, num complexo e eficaz fluxo e refluxo de eletromagnetismo positivo.

É Transformador no sentido de que, em alguns casos e sob determinados limites, funciona como um reciclador de lixo astral, condensando-os, depurando-os e os vertendo, já reciclados, ao ambiente de caridade.

É Alimentador, pelo fato de ser um dos pontos do terreiro a receberem continuamente uma variedade de fluidos astrais, que além de auxiliarem na sustentação da egrégora da Casa, serão o combustível principal para as atividades do Congá (Núcleo de Força).

Autor: Gero
 Texto retirado : Facebbok Aprendiz de Umbanda

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Orixá Oxum

É o Trono irradiador do Amor Divino e da Concepção da Vida em todos os sentidos. Como “Mãe da Concepção” ela estimula a união matrimonial, e como Trono Mineral ela favorece a conquista da riqueza espiritual e a abundância material.A Orixá Oxum é o Trono Regente do pólo magnético irradiante da linha do Amor e atua na vida dos seres estimulando em cada um os sentimentos de amor, fraternidade e união.
Seu elemento é o mineral e, junto com Oxumaré, forma toda uma linha vertical cujas vibrações, magnetismo e irradiações planetárias multidimensionais atuam sobre os seres e os estimula os sentimentos de amor e acelera a união e a concepção.
Na Coroa Divina, a Orixá Oxum e o Orixá Oxumaré surgem a partir da projeção do Trono do Amor, que é o regente do sentido do Amor.
Oxum assume os mistérios relacionados à concepção de vidas porque o seu elemento mineral atua nos seres estimulando a união e a concepção.
Todos devem saber que a água é o melhor condutor das energias minerais e cristalinas. Por esta sua qualidade única, surgem diversos tipos de água, sendo que a água “doce” dos rios é a melhor rede de distribuição de energias minerais que temos na face da Terra. E o mar é o melhor irradiador de energias cristalinas.
Saibam que a energia irradiada pelo mar é cristalina e a energia irradiada pelos rios é mineral. E justamente neste ponto, surgem confusões quando confundem a Orixá Oxum com Yemanjá.
 A energia mineral está presente em todos os seres e também em todos os vegetais. E por isto Oxum também está presente na linha do Conhecimento, pois sua energia cria a “atração” entre as células vegetais carregadas de elementos minerais. Já em nível mental, a atuação pelo conhecimento é uma irradiação carregada de essências minerais ou de sentimento típicos de Oxum, a concepção em si mesma.

Cordões Energéticos

CORDÕES ENERGÉTICOS Os cordões energéticos nada mais são que ligações eletromagnéticas que se estabelecem em nível espiritual, ou melhor, são ondas magnéticas projetadas por espíritos encarnados e desencarnados. Na prática podemos dizer que os cordões energéticos são projeções emocionais e dependendo da intensidade desse sentimento ou pensamento projetado ações imediatas e fortíssimas são provocadas. Portanto, se as projeções que enviamos para determinada pessoa forem positivas “axé”, mas se forem negativas terão a capacidade de destruir um projeto de vida. Isso é muito sério! Os cordões energéticos podem acontecer entre espíritos encarnados e desencarnados, entre desencarnados e encarnados, entre encarnados e encarnados e entre desencarnados e desencarnados, ou seja, é só um ser sentir e pensar que está projetando e recebendo cordões, esteja ele encarnado ou desencarnado. Acredito que ninguém vai ficar preocupado se estiver recebendo algum tipo de cordão positivo, não é mesmo? Mas e os cordões negativos? Já sabemos que eles podem ser perigosos, então como fazer para cortá-los? Infelizmente, os cordões negativos podem ser mais difíceis de cortar do que a ação de uma magia negra propriamente dita. Essa dificuldade existe pois para cessar cordões negativos é necessário que o receptor de tais cordões tenha duas atitudes bastante simples na teoria mas que poucas pessoas estão dispostas ou conseguem verdadeiramente colocar em prática. A Primeira atitude a ser tomada é o PERDÃO, ou seja, o amor incondicional. Sempre que sentirmos uma ação negativa deste nível é necessário projetarmos a mais pura compaixão a fim de positivar o emocional da pessoa emissora do cordão, seja ela quem for, sem julgamento e sem um sentimento de obrigatoriedade. Só o amor é capaz de transformar. A segunda atitude é o EQUILÍBRIO, pois, como diz a Lei Universal da Afinidade, só recebemos aquilo que merecemos ou que estamos em afinidade. Se o receptor estiver em boa vibração e em bom equilíbrio não há cordão negativo que consiga envolvê-lo, é uma questão de magnetismo, portanto só depende mesmo de nós. Saibam que nossos chacras são os polos eletromagnéticos captadores e emissores de energias e é por eles que enviamos ou recebemos as ondas vibratórias que dão origem aos cordões energéticos. Por isso é importante que nossos chacras estejam limpos e desobstruídos para serem bons receptores e emissores. Podemos limpá-los com bons banhos de ervas, por exemplo. Alguns tipos de cordões podem energizar ou retirar energias, estimular ou paralisar, curar ou adoecer, magnetizar ou desmagnetizar, e assim por diante. Na quinta-feira falaremos um pouco mais sobre cordões energéticos e vocês conhecerão os tipos de cordões existentes. Mas antes disso gostaria que vocês pensassem em algumas coisas: Que tipo de cordões você está projetando, negativos ou positivos? Você já pensou que talvez possa estar prejudicando a vida de outras pessoas “apenas” com pensamentos? Se você sentir que neste momento determinada pessoa está te enviando um cordão negativo será fácil praticar as duas atitudes capazes de cortar este cordão? E aí, pensaram? Refletiram? Espero que tenham conseguido entender que nosso bem estar e harmonia dependem somente de nós mesmos, da nossa capacidade de nos manter em equilíbrio. Mais do que isso, espero que tenham absorvido que somente o perdão verdadeiro e o amor incondicional são capazes de nos livrar dos piores males projetados contra nós. Quanto aos cordões energéticos que projetamos para as outras pessoas, espero que daqui pra frente sejam todos positivos, de muita bondade e amor, afinal de contas nenhum ser religioso e em busca do seu crescimento espiritual prejudicaria a vida de alguém enviando cordões negativos, não é mesmo? Lembrem-se: a luz chega pelo positivismo de pensamentos e sentimentos. Agora, continuando nosso estudo, vamos conhecer os principais tipos de cordões energéticos. São eles: Cordões Divinos: Surgem a partir de vibrações íntimas de sentimentos virtuosos e ligam mentalmente uma pessoa à sua Divindade. É este o cordão que projetamos aos nossos Guias e Orixás nos momentos de oração. É um dos mais importantes cordões mas também é um dos mais frágeis, pois é só falhar com a fé ou esquecer da espiritualidade que ele se rompe automaticamente, lembrando que isso pode acontecer segundos depois de uma oração. Se os sentimento virtuosos deixarem de vibrar estes cordões rompem-se naturalmente. Cordões Cósmicos: Surgem a partir da vibração íntima de sentimentos viciados. São cordões punitivos, bloqueadores e desestimuladores que ligam mentalmente as pessoas aos polos magnéticos negativos. São ativados pela Lei Maior a fim de equilibrar o emocional que está viciado e só se rompem quando o ser deixar de alimentar e vibrar tais sentimentos negativos. Cordões Naturais: Surgem para direcionar as energias geradas em excesso pelas pessoas. Quando essas energias são positivas a pessoa que as gerou torna-se uma doadora, já quando são negativas tornam-se portais de criaturas negativas. É a Lei da Atração! Estes cordões também só se rompem caso as pessoas deixem de vibrar tais sentimentos. Cordões Magnéticos: Surgem a partir de vibrações magnéticas mentais negativas e ligam seres ou espíritos magneticamente poderosos a outras pessoas ou espíritos. Este tipo de cordão surge pelo aspecto negativo ativado conscientemente. Nesse caso, a pessoa emissora torna-se um verdadeiro portal negativo e um instrumento do baixo astral. Novamente, é a Lei da Afinidade. Este cordão só se rompe pela atuação da Lei Maior e da Justiça Divina. Cordões Energéticos: Projetados por meio de magias, têm o objetivo de vitalizar ou desenergizar pessoas e até espíritos presos em cadeias mágicas astrais. Só se rompem por magias positivas ou através de evocações mágicas às Divindades.
 Texto : retirado do facebook de  Rodrigo Queiroz 

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Ataques Espirituais

Estamos sempre falando dos ataques espirituais, das ações do baixo astral e de toda ação negativa que envolve um médium para afastá-lo do caminho do bem, da evolução do espírito e da prática da caridade, inclusive influenciando em toda estrutura e trabalho religioso de um Terreiro. Aliás, acredito que todos têm suas histórias particulares sobre o assunto, não é mesmo?
No entanto, percebo que normalmente nossa memória é curta demais e pior, registramos somente pequenos pontos de interesses e facilmente esquecemos fatos importantes e fundamentais para que não caiamos na mesma situação.
Pensando nisso, quero reproduzir alguns trechos do livro “Aconteceu na Casa Espírita” - pelo espírito Nora através do médium Emanuel Cristiano, editora Allan Kardec - para que registremos e compreendamos de forma mais expressiva a ação do baixo astral. Além disso, fica também a dica para que periodicamente retornemos a ler, sem nenhuma dificuldade, esses pequenos trechos dessa importante obra.
Aproveite e reflita, olhe em volta e pense: qual a brecha que você está abrindo para o “agir” do baixo astral? Observe se você está sendo manipulado através de situações “extraordinárias” ou se você está perdendo seus princípios religiosos.
Sei que mesmo com alguns cortes o texto está longo, mas garanto que vale MUITO a pena ler até o final, mesmo porque, caso você não consiga ou não se interesse pelo assunto, você poderá estar sendo induzido sutilmente e fortemente pelo baixo astral. Fique atento!

……. Iniciando o Ataque

Os dias correram e o trabalho no Centro Espírita prosseguia em relativa tranquilidade. Nas zonas espirituais inferiores, porém, os adversários da verdade já estavam prontos para o ataque.
Júlio César, qual doente mental, gritava palavras de ordem, seguidas destas orientações:
- Camaradas! Nossa hora chegou! Já fui informado de que os emissários da luz igualmente se organizaram, falando aos responsáveis encarnados da maldita Instituição sobre os nossos planos. Já esperávamos por isso, espíritos fracos nos denunciaram; isso não vai nos impedir! O odioso Templo permanece impregnado de fluidos amorosos. Nós, também, somos muitos e dispomos de poderosas vibrações negativas. Nosso momento chegou!
- Gonçalves!… Gonçalves! Gritou o infeliz, procurando entre a multidão seu capataz.
- Estou aqui, senhor, respondeu o servo diabólico.
- Já fez a verificação dos principais trabalhadores?
- Sim, aqui está o levantamento, dez dirigentes serão visitados por nós. Temos, por exemplo, os registros da… responsável pelo… atendimento fraterno. Veja: o nome dela é Márcia Boaventura. Identificamos, após dias de observação, que é uma mulher dedicada ao trabalho espírita. Nos últimos cinco anos, dizem os relatórios, nunca faltou nos dias de plantão. Promove periodicamente reuniões com seus cooperadores, está sempre disposta a ouvir sugestões, trata a todos com afabilidade e doçura, evita os comentários menos edificantes, está distante das fofocas, trabalhando com espantosa seriedade, guardando e recomendando absoluto sigilo sobre todos os casos de atendimento. Através dela não temos nenhum campo de ação, sem contar a proteção que angariou pelo trabalho tão bem realizado, quase não oferece brecha, limitando a 1% nossa influenciação sobre ela. Entretanto, para nossa grande alegria, é casada com um homem possuidor de densas vibrações, o que nos permitiu a aproximação e convivência em sua própria residência; avesso ao Espiritismo, o esposo frequenta raramente os cultos de uma seita evangélica, carregando na mente a idéia de que a Doutrina Espírita é coisa do diabo.
- Isso! Interrompeu o mandante, eis aí o nosso homem! Incentive-o a continuar na igreja, acompanhe-o, ore com ele se for preciso! (risos)
- À igreja? Perguntou o serviçal admirado. Sabe mesmo o que está me mandando fazer? Insistiu o capataz completamente atordoado. Explique melhor, senhor, quais são seus objetivos.
- Preste bem atenção, Gonçalves, disse o astuto Júlio César, aproximando-se do empregado, abraçando-o como se desejasse falar-lhe em secreto, guardando brilho estranho nos olhos, retirando-se, a passos lentos, para local isolado, enquanto ditava, com voz soturna, aos ouvidos do tolo servidor das trevas este triste plano: – Vamos atormentá-la, envolveremos de tal forma o infeliz do marido que ele fará da vida dela um inferno e, a pretexto de manter a harmonia do lar, ela terá de abandonar as tarefas e aí, adeus à afabilidade e à doçura.
- Mestre, contra-argumentou Gonçalves, há, ainda, uma outra coisa, a considerar. O marido é dado à bebida, se o incentivarmos à igreja, as orientações, ainda que fanáticas, ameaçando os adeptos com o fogo do inferno, poderá levá-lo a largar o álcool, impossibilitando-nos de utilizar mais este trunfo.
- Ora, respondeu o obsessor chefe, que trunfo melhor poderíamos ter senão o medo do inferno. Nós somos os próprios “demônios”, deixe que o infeliz pare de beber; para nós o que importa é infernizá-la, irritá-la naquilo que possui de mais sagrado. Ela não aguentará os argumentos de um marido fanático e, além do mais, poderemos fazer com que toda a economia doméstica seja, mensalmente, conduzida à igreja, “contribuindo com a obra do Senhor”, perturbando-lhe ainda mais a vida financeira e a convivência familiar. Assim, ela será obrigada a procurar um emprego, a fim de suprir as necessidades básicas, afastando-se definitivamente das tarefas no Centro Espírita.
Não se esqueça, continuou o perverso coordenador, de verificar na instituição alguém cujas vibrações denotem desejo ardente em assumir um cargo, veja entre os próprios companheiros de Márcia se há brechas nesse campo, quem sabe um desejo escondido, uma pontinha de inveja etc. Incentive-os a cobiçar esta colocação, aproveite um daqueles dias em que os trabalhadores demonstram natural irritação, ocasionada pelas atividades frenéticas da vida moderna, fazendo com que alguns comecem a se aborrecer com as orientações da coordenadora. Faça brotar, entre eles, ideias de que a responsável pelas entrevistas gosta de mandar, aparecer, dominar! Assim, quando nossa “querida irmã” abandonar o trabalho espírita, compelida pelo marido, outros estarão à disposição, ávidos pela disputa do cargo de entrevistador-mor, e os que forem reprovados certamente se afastarão melindrados. Os que ficarem não terão a mesma eficiência de nossa vítima, será o fim do atendimento fraterno bem organizado daquela Casa.
Plano perfeito!
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(…) Os obsessores deixaram a cidade das trevas em direção à residência do casal Boaventura.
Márcia, tarefeira no campo das entrevistas, permanecia junto às atividades domésticas. O marido, criatura azeda e difícil, desenvolvia ondas de impaciência e indignação pelo trabalho da esposa no Centro Espírita, argumentando:
- Mulher, você tem que parar com essas coisas de Espiritismo, é preciso pensarmos um pouco mais em nossa vida financeira. Quanto você recebe do seu Centro pelas horas que empenha a serviço do Espiritismo?
- Recebo a consciência tranquila de ter realizado algo de bom em benefício dos semelhantes.

Basta! Disse o marido visivelmente irritado. Diga, quem é que põe comida nesta casa? Quem é que paga as despesas domésticas, e além do mais, quem financia o transporte coletivo que lhe conduz ao Centro?
- É você, meu bem, respondeu a esposa, procurando tolerá-lo. E contra-argumentou: Mas, veja, tenho cumprido com os meus afazeres, a casa permanece em ordem, nada lhe falta, faço todas as suas vontades. Do que é que você se queixa? Só porque me dedico, algumas horas por semana, aos trabalhos voluntários promovendo o bem?
O homem rude, de vibrações densas, vencido por palavras calmas, lúcidas e apoiadas na autoridade moral, calou-se pensativo. Foi nesse ínterim que os adversários da verdade o envolveram com estes pensamentos: – À igreja, vá para a igreja, mostre a ela que você é mais caridoso. Se ela vai ao Centro, você também pode ir aos cultos evangélicos. Deus precisa de você!
E sendo envolvido por pensamentos exteriores e porque desejasse sair de casa, desenvolveu as ideias que lhe chegavam vagarosas.

(…) Os adversários da paz comemoravam!
Júlio César, conversando animadamente com o capataz, informou:
- Pronto! Só nos resta aguardar, a semente foi lançada e a terra é muito boa. Boaventura, de retorno ao lar, haverá de infernizar nossa “querida” Márcia, efetuando a discórdia, retirando, naturalmente, a esposa do equilíbrio, o marido fanático haverá de massacrá-la, destruindo-lhe, pouco a pouco, a disposição para trabalhos espíritas. A tarefa do atendimento fraterno perderá uma de suas melhores cooperadoras!
- E agora, mestre? Perguntou Gonçalves, desejando saber dos planos íntimos do mentor das sombras para a continuidade do processo de infiltração.
- Agora, meu caro, cabe-nos verificar os grupos de assistência espiritual!
- Mas, vamos abandonar o caso Márcia Boaventura? Questionou o servo da maldade.
- Não abandonaremos este processo, simplesmente precisaremos dar tempo ao tempo para que a semente do fanatismo, plantada na mente de Boaventura, germine; mais tarde retornaremos à residência da coordenadora do atendimento fraterno para as devidas verificações. Esta operação, meu querido, requer muita paciência. Todo cuidado é pouco, a organização e a cautela são a alma deste empreendimento. Toda infiltração começa pequena, quase imperceptível, para, depois, ganhar volume causando dor, destruição ou, pelo menos, inúmeros prejuízos!

Caminhando lentamente ao lado do comparsa, com uma das mãos tocando a fronte, como que recapitulando os próprios pensamentos, Júlio César informou: – Nossas atenções, doravante, estarão voltadas para os grupos de fluidoterapia. Deveremos fazer surgir entre eles a concorrência e a disputa!
- Mas, senhor, perguntou o secretário da maldade, como é que conseguiremos penetrar no Centro Espírita? Não dispomos de autorização. Como iremos romper as barreiras protetoras do Centro? Como faremos para despistar os mensageiros da luz…
- Chega! Chega! Gritou o mandante. Não vê que me perturba com tantos questionamentos? Ora! Como vamos entrar? Aproveitaremos os desequilíbrios humanos, as brechas, como o orgulho, a mesquinhez, o desejo de mando, a vaidade etc., etc., etc. Enquanto você marca os passos, eu já recebi valoroso relatório dos nossos comandados que permanecem junto de muitos tarefeiros encarnados. Eles têm livre acesso na Instituição, por serem acompanhantes usuais dos tarefeiros do Centro que não vivem a mensagem cristã, que fazem parte dos grupos de fofoca, dos que são sempre do contra, daqueles que desejam reformar tudo e nunca estão satisfeitos com nada! Identificamos, em três grupos, passistas que nutrem desejo ardente em desenvolver a faculdade de cura. Acreditam ser especiais, embora suas tendências para o fanatismo permaneçam controladas pela organização e o estudo doutrinário esclarecedor, contendo certas ideias. Não possuem, nem de longe, a raríssima faculdade de curar instantaneamente as enfermidades.
- Mas e aí? Perguntou Gonçalves.
- Aí, meu amigo, nós vamos dar a eles a faculdade de cura!
- Como assim?
- Simples! Aproveitando a brecha de inúmeros tarefeiros, penetraremos na instituição. Dos assistidos que adentrarem a sala de passe e estiverem sob um processo obsessivo, e ainda, se esses obsessores fizerem parte de nossa extensa falange, solicitaremos que se afastem momentaneamente, causando uma cura, instantânea, aparente. O resto, se eu conheço bem a criatura humana, acontecerá naturalmente.
- Não entendi, disse Gonçalves. O senhor pode explicar melhor?
- Fácil, meu querido, muitas pessoas não entendem o processo da mediunidade, não compreendem que os passistas são simples instrumentos, embora haja sempre uma parcela do magnetismo humano, e por desejarem agradecer os recursos recebidos, logo, logo o endeusamento baterá às portas das salas de fluidoterapia, fazendo com que os passistas disputem entre si, quem dispõe de maiores recursos magnéticos.
- Ah!… Mestre! O senhor é um gênio!
_____
(…) Iniciada a sessão de passes, uma senhora curvada, gravemente envolvida por uma turba de obsessores, sentou-se com muita dificuldade na cadeira onde Maria haveria de ministrar a fluidoterapia. Os amigos espirituais envolveram quanto possível os obsessores, recolhendo-os amorosamente para o socorro devido, contudo, outros, mais endurecidos, permaneciam ligados à enferma por estarem profundamente comprometidos com o seu passado delituoso. A assistida somente se libertaria por completo através do esforço íntimo, pela transformação moral à qual, em verdade, não se dedicava.
Júlio César, analisando as vibrações do coordenador daquele caso, notou pertencer à sua categoria espiritual e, após as conversações preliminares, acrescentou:
- O camarada certamente me conhece, não?
- Claro, Júlio César, claro! O que quer de mim?
- Pequenos favores.
- Favores? De graça?
- Não, meu amigo, será recompensado, digamos que será troca de gentilezas.
- Pode dizer, o que é?
- Preciso que você e sua equipe abandonem esta mulher.
- O quê? Nunca!
- Será momentâneo, é pela nossa causa. Conhece meus superiores! Em nome deles, estou me empenhando na destruição deste Centro e preciso de sua…
- Ah! Por que não disse antes? É para destruir esta Casa maldita? Então, tem todo meu apoio. Graças a este terrível templo de amor não consigo concluir o meu plano. Se esta criatura continua em pé, é por causa destas energias e das preces que tem recebido desta odiosa instituição. Júlio, meu caro, terá toda minha ajuda. Ficaremos longe dela… vejamos… seis meses, está bem? Nenhum dia a mais, está ouvindo? Mas em troca, continuou o obsessor mercenário, após o vencimento deste prazo, você me cederá vinte trabalhadores seus bem treinados, pelo tempo equivalente à minha ausência junto a esta infeliz. O que me diz?
- Negócio fechado, finalizou o arquiteto da maldade.
Enquanto o passe era transmitido, os espíritos perseguidores daquele caso saíam silenciosamente.
Os amigos espirituais atentos, também se retiraram discretamente, aproveitando a trégua interesseira dos malfeitores, para tentar libertá-los da ideia de maldade e vingança. Mobilizaram, então, equipes socorristas, conseguindo encaminhar muitos adversários para o intercâmbio espiritual.
Porém, a mulher que adentrou a sala, curvada, recuperava a postura correta como que de imediato, readquirindo certa vitalidade. Quando se viu liberta daquelas influências, num desejo de agradecer, agarrou a mão da passista, beijando-a e lançando estas palavras de gratidão:
- Deus abençoe a senhora! Sua mediunidade é fantástica, agora eu sei! Estou livre, você é uma santa! Estas atitudes da assistida romperam as normas de silêncio e discrição que a Casa Espírita solicitava, tumultuando momentaneamente o trabalho. O dirigente encarnado aproximou-se contendo os excessos, imprimindo ordem e disciplina no ambiente.
Júlio César acompanhou o trabalho de Maria Souza durante várias semanas, fazendo com que casos semelhantes a estes fossem repetidos; para isso oferecia cargos, favores e retribuições aos obsessores, provocando nela a certeza de que finalmente havia desenvolvido a faculdade de cura.
Em pouco tempo, certos cooperadores deixaram-se envolver e contaminar pelo ciúme, inveja e intolerância!
Maria Souza tornara-se valioso instrumento de atuação do obsessor chefe que a envolvia nestes pensamentos: – Você, realmente, é médium de cura e eu sou o seu médico, seu mentor! Estamos nos colocando à disposição para um novo trabalho nesta Casa, desejamos desenvolver aqui grandes trabalhos de cirurgia espiritual, você será famosa, seu nome será divulgado largamente e todos haverão de respeitá-la. Entretanto, muitos invejosos desejarão tirá-la da missão, por isso afaste-se daqueles que quiserem analisar as suas produções. No resto, conta conosco.
A “médium curadora”, contaminada pela presunção, já espalhava aqui e acolá, suas novas “capacidades” e em pouco tempo os assistidos já disputavam uma vaga junto à sua cadeira para receber os passes “curadores”.
Na sala, a competição estava instalada. Vários companheiros invigilantes caíram na armação das trevas, esquecendo-se de que o trabalho em qualquer área solicita discrição e fraternidade.
Alguns perdiam-se na indignação, afirmando que a “curadora”, na realidade, era anímica, vaidosa, orgulhosa e deveria ser banida do grupo.
Outros formavam pequenos grupos em favor da passista fascinada. Além das fofocas que percorriam, a galope, os corredores.
Era o início de uma séria perturbação espiritual, que daria muito trabalho à diretoria doutrinária do centro.
Espiritualmente, Júlio César permanecia eufórico, porque agora já havia lançado dúvidas e problemas em dois importantes departamentos.
O processo dedicado à destruição da Casa Espírita prosseguia. Os instrutores espirituais do agrupamento cristão permaneciam atentos, acompanhando o caso de infiltração, respeitando, contudo, o livre-arbítrio dos trabalhadores encarnados, ensejando-lhes a oportunidade de colocar em prática os ensinos cristãos.
O perseguidor, porém, continuava implacável. Após ter lançado a discórdia na equipe da fluidoterapia, continuava a se preparar para o envolvimento dos grupos mediúnicos propriamente ditos. Agora, os médiuns ostensivos é que seriam experimentados.
(…) E adentrando uma das salas de trabalhos mediúnicos, ligaram-se a dois participantes bastante receptivos aos pensamentos inferiores.
Sondando-lhes o mundo íntimo, notaram que um dialogador e uma das médiuns trocavam pensamentos sensuais.
- Senhor, disse Daniel, o discípulo de Mamom, trago a ficha. -Soraia Barreto e Sérgio Queiroz, candidatos ao adultério, o que diz?
- Excelente, será um escândalo formidável. Para seu primeiro trabalho num grupo profissional, está ótimo. Vamos ver, agora, quem é que pode mais! As fofocas sobre o caso da médium e do dialogador adúlteros explodirão por estes corredores feito pólvora! Vamos! Vamos! Precisamos nos organizar, ainda temos muito o que fazer para executar este novo plano.
Soraia e Sérgio eram trabalhadores de um grupo mediúnico. Ela, médium não muito educada, comparecia raramente às reuniões de estudos doutrinários de orientação geral. Julgava-se, algumas vezes, privada das alegrias do mundo por causa do compromisso mediúnico. Casada com homem digno e respeitável, não se sentia feliz diante da sagrada oportunidade do casamento.
O dialogador, igualmente consorciado, com dedicada esposa, digna de admiração e amparo espiritual.
Entretanto, ignorando as orientações espíritas, colocavam-se à disposição de entidades desequilibradas, gozando a vida de maneira irresponsável.
Ambos, os tarefeiros do socorro espiritual, abriam grandes brechas aos inimigos da verdade. Não se dedicavam à vivência mínima dos ensinos adquiridos, permanecendo interessados apenas nas atividades fenomênicas.
E, porque mantinham afinidade nas intenções, ligaram-se magneticamente por ondas mentais.
Na reunião de intercâmbio pouco contribuíam, tornavam-se elementos isolados pelos mentores, pois que os pensamentos não atingiam regiões superiores para ajuda na tarefa socorrista.
Todos estes dados eram de domínio dos invasores das sombras.
Os instrutores do Mais Alto, igualmente, sabiam deste possível envolvimento entre os cooperadores citados. Contudo, não podiam privá-los do convívio entre os companheiros encarnados, junto à Casa Espírita.
Entretanto, orientações espirituais gerais exaltando a moral, o nobre objetivo do casamento, o esforço para domar as más tendências como ponto a identificar o verdadeiro espírita, foram transmitidas através de vários medianeiros, mas nenhuma delas foi acatada pelos dois tarefeiros envolvidos, o que oferecia largo campo de atuação para Júlio César e sua falange.
O inimigo da harmonia reuniu rapidamente os servidores à sua disposição, iniciando mais esta trama diabólica:
- Camaradas, eis que estamos avançando de maneira muito satisfatória. Agora haveremos de usar, mais uma vez, uma arma bastante delicada, a fascinação.
- E o campo de atuação será de novo a mediunidade? Perguntou um dos presentes.
- Não e sim, respondeu o maquiavélico. Não exploraremos a mediunidade em si, mas desejaremos atingir muitos médiuns. A fascinação, prosseguiu o perverso arquiteto, será no campo da sensualidade, dos instintos humanos. Um trabalho pouco difícil, pois aqueles que envolveremos já vibram em nossa sintonia, autorizando-nos a ação. Simplesmente teremos de estimular um pouco mais as suas tendências inferiores. Precisamos fazer com que estes tarefeiros invigilantes e imprudentes se desequilibrem, comprometendo o bom andamento da reunião, abrindo-nos o campo para atingirmos o grupo todo.
- E os amigos superiores? Perguntou outro, muito preocupado. Não vão nos impedir? E se formos pegos como aconteceu com Gonçalves? Não tentarão nos afastar de nossos propósitos?
- Se caírem nas mãos dos responsáveis espirituais por esta Casa, preveniu o perseguidor cruel, finjam terem se transformado para livrarem-se da imantação mediúnica; inventem, se necessário, histórias mirabolantes ou permaneçam mudos. Eles, os mensageiros do Cristo, prosseguiu o preceptor das trevas, não podem nos expulsar. Trabalham pela tolice do amor. Isso representa um ponto positivo a nosso favor, porque preferem esperar pela nossa transformação moral em vez de nos destruírem. Enquanto aguardam nossa metamorfose no campo dos valores espirituais, que para nós é impossível, nosso plano avança.
- Estou com muito medo, continuou o camarada prudente, levando outros a concordarem. Não será melhor desistirmos? Estamos na toca do inimigo. E se os emissários da luz estiverem com a verdade?
Estas palavras finais mexeram intensamente com Júlio César, fazendo-o perder a razão:
- Como ousa querer desistir?
E aproximando-se do obsessor temeroso, fitou-o de maneira profunda, agarrando-o fortemente pelos andrajos em atitude agressiva, e, chacoalhando-o violentamente por várias vezes, acrescentou irado:
- Experimente abandonar esta missão! Tente render-se aos falsários do amor! Deseje por um único minuto levantar um movimento contra meus propósitos e verá o que lhe acontecerá! Se eu souber de uma tentativa sequer, de sua parte ou de alguém da minha equipe para mudar de lado, será sumariamente confinado nas prisões de nossa cidade por tempo indeterminado.
E além do mais, continuou o malvado perseguidor aterrorizando e ameaçando os obsessores, sei que muitos de vocês ainda têm entes queridos encarnados; experimentem abandonar nossos propósitos e verão o que acontecerá aos seus. Não despertem minha ira, muito menos a dos nossos superiores!
E, continuando, disse-lhes:
- Prestem atenção: os espíritos bondosos não poderão nos impedir, pois que estaremos ligados aos pensamentos e emoções de Soraia e Sérgio. Por isso, coragem. Pessoas fracas não convivem comigo!
_____
(…) – Gonçalves!
- Pois não, senhor!
- Qual o resumo do nosso trabalho? Como estão as tarefas dos outros camaradas?

- Vejamos as anotações, respondeu o secretário. Já atingimos: – a responsável pelo atendimento fraterno, comprometendo as tarefas nesta área; – um grupo de fluidoterapia, causando desconfiança e concorrência; – este agrupamento de socorro espiritual, que está em andamento, cujo objetivo é provocar escândalos e consequentemente a fofoca destruidora.
Outros camaradas sob as suas ordens já realizaram: – o afastamento de um entrevistador, coordenado por Márcia Boaventura, das tarefas das noites de segunda, terça e quarta-feira. Seguindo suas orientações, o envolvemos a fim de que julgasse fosse preciso melhorar a vida material. Fizemos com que se inscrevesse em seu terceiro curso universitário. O mundo ganhará mais um inútil acadêmico e perderá valoroso cooperador do bem.
- cinco expositores, dos mais variados cursos de Espiritismo espalhados pela Casa, tiveram promoção no emprego, sob nossa influência, tendo obrigatoriamente de abandonar as tarefas a fim de cumprirem os compromissos materiais.
- três dirigentes de grupos mediúnicos pediram licença, atendendo a caprichos familiares, fazendo longa viagem, também sob nossa atuação.
- os eruditos espíritas não foram esquecidos; com a vaidade sobre excitada, estamos sugerindo que reformulem todos os trabalhos na Casa, toda a área doutrinária. Isso sim é que vai gerar uma grande fofoca. Desejamos fazer com que entrem em confronto com a organizada diretoria de doutrina.
- estamos, ainda, fazendo com que modismos de toda ordem apareçam por aqui, trazidos pelas pessoas eufóricas;
- trezentos processos de obsessão simples foram implantados, junto àqueles que nos oferecem brechas, a pretexto de atrapalhar diversos trabalhos espíritas. Estes, num mecanismo em cadeia, exatamente como o senhor planejou, haverão de triplicar as irritações, abrindo nossos caminhos.
- verificamos as obras assistenciais e notamos estarem passando por várias dificuldades financeiras. Envolvemos alguns responsáveis, que entraram em nossa esfera de ação por conta do pessimismo, nervosismo exagerado, falta de fé, por terem esquecido do ideal espírita e prenderem-se simplesmente à questão de organização, agindo com frieza, distantes do amor. Com isso, podemos desestimulá-los intensamente e, agora, estão prestes a abandonar as funções.
- nas promoções beneficentes, igualmente tivemos boa infiltração, pois que os cooperadores, verificando estarem fora das reuniões mediúnicas, da seriedade dos estudos, entregaram-se às piadas, às brincadeiras, à maledicência, à competição, à inveja e ao ciúme. Isso tem afastado vários trabalhadores matriculados nestas obras.
- no pequeno coral, inspiramos-lhes músicas mais agitadas, fazendo com que se oponham à direção da Casa em querer divulgar o Espiritismo pela canção. Sugerimos-lhes outros ritmos a fim de atordoar-lhes e confundir-lhes o pensamento. O regente, praticamente um dos nossos, tendo levado “sua” ideia à direção doutrinária e esta, obviamente, solicitando a retomada do trabalho com músicas que elevem a criatura humana, conduzindo mensagens de transformação moral, tal como é o objetivo do Espiritismo, fez com que o condutor das vozes espíritas se irritasse, quase desistindo das tarefas.
- ainda temos o grupo de teatro que certamente nos atenderá às mesmas solicitações, melindrando-se certamente quando a pureza doutrinária lhes solicitar evitar, no Centro, a propagação de obras não espíritas.
- temos procurado, diante dos agrupamentos de estudos, estimular os contestadores natos, fazendo com que estejam especialmente alterados, conseguindo, com isso, atrapalhar vários participantes.
E muitas outras reuniões estão recebendo a visita de nossa falange. Falta, ainda, atingirmos definitivamente o presidente e o diretor doutrinário da Instituição.
Seguindo suas ordens, continuou Gonçalves, colocamos cerca de dez espíritos adversários com cada um, esperando que ofereçam brechas de atuação, mas eles desfrutam de proteção espiritual admirável, por conta do esforço que empenham na conduta reta e pelo trabalho sério que executam. Contudo, senhor, nosso labor permanece difícil! Pois não faltam aqueles que são verdadeiras rochas morais, os que têm atraído impressionante proteção espiritual pelas atitudes cristãs. Esse processo tem exigido muito dos nossos cooperadores, já tivemos de renovar nossas turmas por cinco vezes. Nossos trabalhadores sentem-se fracos ao entrarem em contato com certos ambientes amorosos, que obrigatoriamente têm de visitar, com objetivo de atormentar e desviar os encarnados da bondade. E sobre estes, nossa influência tem sido praticamente nula. Não sei se nossa equipe conseguirá ir até o fim. Acredito estejamos andando devagar demais.
- Nada disso, meu caro, acrescentou o mandante, os pontos principais estão sendo atingidos, aguarde e verá o excelente resultado. Quanto aos responsáveis pela Instituição, haveremos de visitá-los pessoalmente em breve. Primeiro, vamos atormentá-los e preocupá-los, desestruturando as tarefas, depois, quando se tiverem irritados com o mau desempenho dos departamentos, os escândalos, as fofocas, os pegaremos em cheio.
Espero que tenha valido a pena pessoal! Espero também que todos tenham conseguido chegar até o final dessa leitura e que se inspirem para continuar nessa luta entre o Bem e o Mal, entre a Paz e a Guerra e entre o Amor e a Dor.
Que esses pequenos trechos sirvam de incentivo à leitura completa e periódica dessa obra, assim como aos estudos doutrinários religiosos contínuos e que possamos perceber o quanto somos responsáveis por tudo que nos acontece, nos envolve e nos atinge, que possamos perceber que só existe um caminho, uma fé, uma verdade, um amor e uma única força que sustenta a todos.
Que sejamos capazes de não nos desviarmos desse caminho.
Fiquemos atentos!
Escrito por Mãe Mônica Caraccio
Minha Umbanda